"O Presidente Putin é, geralmente, a favor do estabelecimento de relações de trabalho entre Moscovo e Bruxelas. Sabemos que uma série de países se opõe a este diálogo e sabemos que se trata sobretudo de 'jovens' europeus, os Estados bálticos, a Polónia... e que são estes mesmo países que falam sem fundamento de ameaças vindas da Rússia", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
Uma semana depois do encontro organizado em Genebra entre o Presidente russo e o homólogo norte-americano, Joe Biden, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, queriam organizar um encontro com Vladimir Putin para tratar de assuntos de interesse para a União Europeia.
Porém, o projeto dividiu os Estados-membros da UE e não foi encontrado um consenso.
Os Estados bálticos, a Polónia, a Suécia e os Países Baixos opuseram-se ao reatamento do diálogo, declarando que o líder russo é culpado de ações agressivas contra países europeus.
"A Polónia rejeitou a proposta alemã porque acredita que a mesma valorizaria o Presidente Putin em vez de punir uma política agressiva", comentou hoje o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, em Bruxelas.
O porta-voz do Kremlin criticou-o, mais uma vez, e aos seus adversários por alienarem a Rússia, "fazendo de tudo para ter no seu território cada vez mais soldados da NATO".
"E, além disso, rejeitam o diálogo", acrescentou.
As relações entre a UE e a Rússia têm-se deteriorado constantemente desde a anexação da Crimeia e o início do conflito com a Ucrânia, em 2014.
Nenhuma cimeira foi realizada desde essa data.
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