100.º aniversário: PC Chinês destaca crescente influência internacional
A China comemora esta semana o centenário do Partido Comunista Chinês (PCC), apontando a crescente influência internacional do país e o sucesso no combate contra a pandemia de covid-19 e a corrupção.
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Mundo China
As autoridades do PCC elogiaram na segunda-feira o secretário-geral do Partido e Presidente da China, Xi Jinping, que se estabeleceu como o líder chinês mais poderoso desde Mao Zedong e eliminou limites constitucionais ao seu mandato.
O país asiático registou grande melhoria nos seus padrões de vida, nas últimas quatro décadas, acompanhadas pelo aumento da sua influência económica e política no exterior.
No entanto, embora muitos países tenham beneficiado dessa relação, a China também está a erodir a democracia e os direitos humanos em nações sobre as quais detém domínio económico.
"A influência, apelo e atração internacionais do Partido Comunista Chinês têm aumentado continuamente, colocando-o na vanguarda da política mundial", disse Guo Yezhou, vice-chefe do gabinete de ligação externa do PCC, em conferência de imprensa.
Com 92 milhões de membros e um domínio absoluto na China, o Partido tem procurado expandir o seu controlo sobre os chineses que se mudaram para o exterior para estudar, fazer negócios ou outros motivos.
Isto criou várias fontes de atrito, especialmente na Austrália, onde os estudantes chineses são proeminentes nos campus universitários, bem como nos Estados Unidos, Reino Unido e noutras democracias ocidentais.
Estas nações estão fortemente interligadas com a economia chinesa, ao mesmo tempo que discordam com a ideologia política autoritária de Pequim e as suas políticas em relação a Hong Kong, Xinjiang e Tibete.
Guo não fez referência a estas preocupações, dizendo que o alcance do Partido é uma componente-chave da política externa da China.
"Isto destaca a função estratégica do PCC", disse Guo.
Xi tornou o combate à corrupção uma marca dos seus nove anos no cargo.
Quase 800.000 funcionários foram investigados por má conduta sob o governo de Xi, incluindo 392 a nível ministerial ou acima, disse Xiao Pei, vice-chefe da Comissão Central de Inspeção Disciplinar, a agência anticorrupção do Partido.
"A luta contra a corrupção alcançou sucesso total e está profundamente enraizada", disse Xiao.
Entre os participantes dos eventos comemorativos está a líder de Hong Kong, Carrie Lam, que lidera a repressão contra membros da oposição, o que atraiu fortes críticas e sanções por parte dos EUA, Canadá e União Europeia.
Lam e o governo central de Pequim consideraram as sanções e críticas uma interferência nos assuntos internos da China.
Xi vai presidir à celebração do centenário, na quinta-feira, na Praça Tiananmen, no centro de Pequim.
Nos seus discursos públicos, Xi apontou o objetivo do PCC de alcançar o "rejuvenescimento nacional", mais de 70 anos depois de assumir o poder.
Isto inclui a reunificação com Taiwan, aumentando a possibilidade de uma guerra regional, que provavelmente envolveria os EUA e os seus aliados.
Nos últimos anos, a China também aumentou a sua presença militar no Mar do Sul da China e envolveu-se em conflitos com militares indianos, ao longo da fronteira disputada com a Índia.
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