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Xi Jinping apela à adesão ao marxismo pelo "rejuvenescimento da nação"

O Presidente chinês, Xi Jinping, distribuiu hoje medalhas pelos membros leais do Partido Comunista (PCC), que celebra o centésimo aniversário, e apelou à adesão ao marxismo e ao movimento pelo "rejuvenescimento da nação chinesa".

Xi Jinping apela à adesão ao marxismo pelo "rejuvenescimento da nação"
Notícias ao Minuto

08:18 - 29/06/21 por Lusa

Mundo China

Xi, que na segunda-feira presidiu a uma celebração no Estádio Olímpico de Pequim, enfatizou a ascensão da China à segunda maior economia do mundo, após as reformas promulgadas há mais de 40 anos.

A morte do fundador da República Popular da China, Mao Zedong, em 1976, trouxe reformas económicas que abriram o país à economia de mercado, mas o Partido reteve a sua estrutura autoritária de governo marxista-leninista e políticas preferenciais em relação às empresas estatais.

"Todos os camaradas do Partido devem ter fé no marxismo e no socialismo com características chinesas", afirmou Xi, no seu discurso.

O líder chinês disse que os membros do Partido devem liderar o movimento pelo "grande rejuvenescimento" da China, uma referência à sua agenda que visa retomar o papel secular da China como potência regional e internacional a nível cultural, económico e militar.

"Na nova marcha para uma nação socialista moderna, totalmente estabelecida, continuaremos a avançar em direção às metas do segundo século", disse Xi.

As celebrações terminam com uma comemoração, na quinta-feira, na Praça Tiananmen, em Pequim.

Desde a ascensão ao poder de Xi Jinping, em 2013, o Partido voltou a penetrar na vida política, social e económica da China, enquanto o poder político se centrou na sua figura, abdicando do processo de consulta coletiva e descentralização da autoridade, promovida pelos seus antecessores para evitar os excessos maoistas.

Como Mao, Xi não está sujeito a limites de mandato e, aos 68 anos, provavelmente permanecerá no cargo para além de dois mandatos.

A China passou também a adotar uma postura internacional mais assertiva.

Nos últimos anos, o país aumentou a sua presença militar no Mar do Sul da China e envolveu-se em conflitos com militares indianos, ao longo da fronteira disputada com a Índia.

O país passou também a intimidar Taiwan, aumentando a possibilidade de uma guerra regional, que provavelmente envolveria os Estados Unidos e os seus aliados.

O Partido Comunista da China possui quase 92 milhões de membros, pouco mais de 6% da população chinesa, de 1,4 mil milhões de pessoas.

A grande maioria dos funcionários do Governo e líderes da indústria estatal são membros do partido, fornecendo o que a liderança considera uma fonte de coesão social, em contraste com as divisões partidárias nos EUA e em outros países democráticos.

O desenvolvimento económico ou o sucesso na luta contra a pandemia de covid-19 aumentaram a confiança dos líderes e funcionários chineses, que passaram a promover abertamente o seu modelo de governação como alternativa viável à democracia de estilo ocidental.

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