Tempestades afetam 16 mil refugiados etíopes que vivem em campos no Sudão

Mais de 16 mil refugiados etíopes que vivem em campos de refugiados no leste do Sudão foram afetados por várias semanas de tempestades que arrasaram tendas e destruíram infraestruturas, anunciou hoje a ONU.

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Lusa
29/06/2021 16:39 ‧ 29/06/2021 por Lusa

Mundo

Sudão

 

Numa declaração, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) afirmou que estava a correr contra o tempo e os elementos para reparar e reforçar os abrigos e assegurar que as famílias afetadas tivessem acesso a água limpa e a latrinas seguras.

As tempestades começaram em finais de maio e espera-se que se intensifiquem durante a estação das chuvas, que decorre de junho a outubro, disse o porta-voz do ACNUR, Boris Cheshirkov, numa conferência de imprensa em Genebra.

Mais de 16.000 refugiados etíopes viviam nos campos de refugiados de Um Rakuba e Tunaydbah, no leste do Sudão.

"Cerca de 4.000 tendas familiares individuais, de um total de 10.000, foram danificadas por ventos fortes, chuvas fortes e granizo. As latrinas de emergência e outras instalações também foram destruídas", disse Cheshirkov.

"Estamos a substituir cobertores e tapetes de dormir e a reconstituir as reservas alimentares. A distribuição de 2.500 kits de abrigo de emergência -- que incluem cordas, postes de madeira e estacas de bambu - está em curso para ajudar as pessoas mais afetadas a reforçar as suas tendas.

"Um total de 10.000 kits de abrigo de emergência serão distribuídos, estando outros 5.000 em stock", disse.

O ACNUR e os seus parceiros estão atualmente a finalizar a construção e reabilitação de cerca de 60 quilómetros de estrada para Um Rakuba e Tunaydbah, para assegurar o acesso aos campos, bem como a cerca de 15 aldeias da comunidade de acolhimento durante a estação chuvosa.

A agência da ONU está também a escavar sistemas de drenagem em ambos os locais para reduzir o risco de novas cheias.

Além disso, o ACNUR planeia construir abrigos tradicionais mais duradouros, chamados 'tukuls' - pequenas cabanas redondas feitas de tijolos de lama e colmo, típicas da região.

"Mas só podemos começar a construí-los depois do fim da estação das chuvas, quando os tijolos puderem secar devidamente", referiu o porta-voz.

No ano passado, fortes chuvas sazonais afetaram centenas de milhares de pessoas deslocadas, refugiados e comunidades de acolhimento no Sudão.

 

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