A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que esse reconhecimento deve ocorrer mesmo em países onde algumas dessas vacinas ainda não foram aprovadas.
Numa declaração conjunta com outras agências com as quais desenvolve o programa de distribuição da vacina COVAX, a OMS exorta "todos os governos regionais, nacionais e locais" a reconhecer como totalmente vacinados aqueles que receberam vacinas que foram consideradas seguras pela OMS".
A lista de emergência aprovada pela OMS inclui as vacinas da Pfizer-BioNTech, Moderna, AstraZeneca, Janssen, Sinovac e Sinopharm, mas por exemplo as duas últimas, desenvolvidas na China e amplamente distribuídas em regiões em desenvolvimento como África ou América Latina, não estão aprovadas pelos reguladores europeus ou norte-americanos.
O apelo é feito num momento em que muitos países se abrem para a chegada de viajantes internacionais, devido à redução gradual de casos nos últimos dois meses, embora o surgimento da variante delta em algumas áreas tenha feito com que as infeções semanais voltassem a subir globalmente.
"Qualquer medida que apenas permita que pessoas protegidas por algumas vacinas aprovadas pela OMS beneficiem da reabertura das viagens criará um sistema duplo, aumentando as divisões globais em torno das vacinas e exacerbando as desigualdades", alerta a OMS.
Além disso, "terá um impacto negativo no crescimento das economias que mais sofrem", sublinha, referindo-se aos países em desenvolvimento, declaração que também é assinada pela Fundação para Vacinas GAVI e Fundo das Nações Unidas para a Infância. (UNICEF), OMS parceiros na COVAX.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.940.888 mortos no mundo, resultantes de mais de 181,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.096 pessoas e foram confirmados 879.557 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. O país regista atualmente um aumento do número de casos e de internamentos.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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