Covid-19: Bolívia teme novo surto de 'variante andina'

Cientistas da Universidade Mayor de San Andrés (UMSA), no estado boliviano de La Paz, detetaram a 'variante andina' do novo coronavírus em amostras recolhidas na sede do governo, temendo-se que origine um novo surto na Bolívia.

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© REUTERS/David Mercado

Lusa
07/07/2021 06:22 ‧ 07/07/2021 por Lusa

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Covid-19

 

A 'variante andina', também conhecida como 'Lambda', foi detetada por uma investigação do Laboratório de Genética Molecular do Instituto de Pesquisas Químicas, do Instituto Seladis e do Hospital San Pedro Claver, em Sucre, segundo boletim divulgado nesta terça-feira pela UMSA.

Nas amostras, recolhidas nos meses de maio e junho em seis regiões do país, constatou-se que em La Paz há a presença da 'variante andina', enquanto em 11 dos 18 testes foi detectada a variante brasileira P1, segundo o comunicado.

As sequências foram verificadas pela Global Initiative on Sharing All Influenza Data (GISAID), que agora é responsável pela sequenciação do coronavírus em todo o mundo.

Segundo os investigadores daquela universidade, a variante andina "pode ser a causa de um novo surto no país", que apresenta o sintoma de gerar problemas intestinais com maior frequência.

O secretário-executivo do Sindicato do Poder Médico de Saúde de La Paz (Sirmes), Fernando Romero, afirmou que a variante andina "está a causar doenças digestivas muito fortes".

Romero também destacou que a 'variante delta', detetada, na Índia já está presente em países limítrofes com a Bolívia, podendo entrar em território boliviano e causar "um novo surto com graves consequências para a população".

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.987.613 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 184,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France- Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.118 pessoas e foram registados 892.741 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, a Índia ou a África do Sul.

Leia Também: Evo Morales quer "eximir-se de erros" e voltar à ribalta na Bolívia

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