Pelo menos 18 mortos em suposto ataque terrorista na Nigéria

Pelo menos 18 pessoas foram mortas na Nigéria depois de pistoleiros, alegados membros do grupo rebelde Boko Haram, terem atacado a cidade de Dabna, no estado de Adamawa (nordeste), revelaram fontes oficiais.

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Lusa
08/07/2021 15:44 ‧ 08/07/2021 por Lusa

Mundo

Nigéria

Um responsável de Hong (onde se encontra Dabna), James Pukuma, disse à agência Efe que os atacantes invadiram a cidade na quarta-feira de manhã e dispararam aleatoriamente contra os residentes.

"Ouvimos dizer que 45 [atacantes] chegaram em motociclos a Dabna e aldeias circundantes, disparando contra todos", afirmou Pukuma.

"Alguns residentes que tentaram fugir foram perseguidos e fuzilados. Dezoito corpos foram recuperados após o ataque. Estão em curso investigações sobre a possível recuperação de mais corpos", referiu o responsável.

Pukuma declarou que vários edifícios, incluindo uma igreja, foram incendiados quando os atacantes desencadearam o terror na comunidade.

A mesma fonte acrescentou que o Exército restaurou a calma na área, da qual muitos aldeões fugiram após o ataque.

Um residente local, Albert Garba, relatou por telefone que os atacantes apanharam os residentes do Dabna de surpresa.

"A comunidade tinha gozado de paz durante meses antes de eles chegarem subitamente. Ouvimos tiros e muitas pessoas fugiram das suas casas em busca de segurança", explicou Garba.

"Muitos foram mortos, mas a maioria das pessoas, incluindo eu e a minha mulher, fugimos para Garka e outras aldeias próximas", contou.

Garba acrescentou que ouviu "dizer que a calma voltou, mas ninguém quer voltar em breve", pois "foi uma experiência horrível".

Mais de 35.000 pessoas foram mortas e cerca de dois milhões foram deslocadas na Nigéria pela sangrenta campanha de Boko Haram, que começou em 2009 e se concentra principalmente no nordeste do país.

O grupo foi criado em 2002 na cidade de Maiduguri, capital do estado de Borno, e inicialmente apenas realizou ataques contra a polícia para denunciar o abandono do norte pelas autoridades.

Em 2009, porém, foi radicalizado depois de agentes terem morto o seu líder espiritual, Mohammed Yusuf, mergulhando o nordeste do país na violência.

O Boko Haram procura impor um estado de estilo islâmico na Nigéria, uma nação de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

O futuro de Boko Haram é agora incerto após a recente morte do seu líder, Abubakar Shekau, confirmada por Abu Musab Al Barnawi, chefe do rival Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP), após um confronto entre os dois grupos rebeldes.

Leia Também: Nigéria reforça orçamento com dois mil milhões para combater pandemia

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