Rússia pronta para abordar com UE aceitação de certificados de vacinação

A Rússia está pronta para abordar com a União Europeia (UE) o reconhecimento mútuo dos certificados de vacinação ou passaportes digitais de covid-19, indicou hoje o Ministério da Saúde, após receber uma carta nesse sentido de Bruxelas.

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Lusa
08/07/2021 17:55 ‧ 08/07/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Recebemos uma carta. Estamos preparados para nos reunirmos e discutirmos" a questão, disse o assessor do ministro da Saúde, Alexei Kuznetsov, à agência oficial TASS.

Antes, o embaixador da UE na Rússia, Markus Ederer, disse à imprensa russa que a UE tinha apresentado ao Ministério da Saúde russo uma proposta para abordar a possibilidade de um reconhecimento mútuo dos certificados de vacinação.

A Rússia não reconhece, para viagens do estrangeiro para o país, as vacinas aprovadas na UE (Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Janssen), nem a UE reconhece a vacina russa, Sputnik V, que ainda não foi autorizada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) nem pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, classificou hoje como um "bom sinal" a proposta de Bruxelas.

"Qualquer discriminação relacionada com o coronavírus [SARS-CoV-2] por causa das diferenças entre os documentos é inadmissível para qualquer sociedade democrática", sustentou o porta-voz na sua conferência de imprensa telefónica diária.

Peskov indicou também que o reconhecimento por parte da Rússia de certificados de vacinação estrangeiros "depende das condições", mas que "o importante é falar", reiterando que a Rússia se opõe a "qualquer politização" dessa matéria.

Mostrou-se ainda convencido de que, mais cedo ou mais tarde, a União Europeia reconhecerá a vacina russa.

A pandemia de covid-19 fez pelo menos 4.004.996 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 185 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o mais recente balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.135 pessoas e foram registados 899.295 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, a Índia e a África do Sul.

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