"A pandemia está longe do fim", afirmaram em comunicados os peritos que aconselham o diretor-geral da OMS, acrescentando: "Há uma forte probabilidade de surgimento e propagação de novas variantes preocupantes, possivelmente mais perigosas e ainda mais difíceis de controlar", do que as já reportadas pela agência da Organização das Nações Unidas (ONU).
"As tendências recentes são preocupantes, 18 meses após a declaração de uma emergência sanitária pública internacional, continuamos a perseguir o vírus e o vírus continua a perseguir-nos", sublinhou o presidente do comité, o francês Didier Houssin, durante um ponto de situação com a imprensa.
Até agora, a OMS reportou quatro variantes consideradas preocupantes: Alpha, Beta, Gamma e Delta.
A variante Delta, identificada na Índia, está a espalhar-se muito rapidamente pelo mundo, provocando um ressurgimento da pandemia.
Muito mais contagiosa do que as outras variantes, mostra-se um pouco mais resistente às vacinas, mesmo que estas continuem a proteger dos casos mais graves de covid-19 e das mortes.
O professor Houssin frisou que o comité fez duas recomendações principais: defender o acesso equitativo às vacinas e não apoiar iniciativas pouco justificadas cientificamente como uma terceira da vacina contra a covid-19, proposta nomeadamente pelo grupo Pfizer/BioNTech.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.061.908 mortes em todo o mundo, entre mais de 188,3 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
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