"O que o mundo está a ver de Cuba é uma mentira", sublinhou Díaz-Canel, que, ao lado do ex-Presidente Raúl Castro, denunciou a disseminação de "imagens falsas" nas redes sociais, onde se "encoraja e glorifica a indignação e destruição de propriedade".
Miguel Díaz-Canel insistiu na existência de "ódio transbordante nas redes sociais", tendo sido cortado o acesso à Internet móvel entre as 12:00 de domingo e a manhã de quarta-feira, antes de ser restaurado, embora de forma instável.
Em Cuba, "não se trata de um governo que reprime o seu povo", insistiu o líder, seis dias depois das históricas manifestações contra o executivo comunista, que resultaram numa morte, em dezenas de feridos e em mais de uma centena de detenções.
"Nenhuma mentira foi cometida por acaso ou por engano, é tudo o cálculo frio de um manual de guerra não convencional", ressalvou o Presidente, que acusou os Estados Unidos de terem provocado os protestos, com início no passado domingo.
A multidão presente na manifestação, convocada durante a madrugada, sobretudo através de centros de trabalho e universidades, para uma avenida costeira de Havana, foi gritando palavras de ordem como "Nascidos para vencer e não para ser vencidos!".
O ex-Presidente Raúl Castro, que marcou presença na manifestação, foi forçado a abandonar temporariamente a reforma, aos 90 anos, devido à gravidade da situação.
Pouco antes do início da manifestação, um homem gritou "Pátria e vida!", o título de uma canção de protesto que se tornou o hino de manifestantes antigovernamentais, tendo sido detido pela polícia, como constataram jornalistas da agência France-Presse.
De acordo com o jornal oficial do partido comunista cubano Granma, foram convocadas manifestações idênticas para outras cidades do país caribenho, como Santiago de Cuba, Bayamo, Camagüey e Santa Clara.
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