Pela primeira vez, mulheres soldado estão de guarda em Meca, na Arábia Saudita, durante a peregrinação anual do hajj, segundo a Reuters. Um progresso num país muito conservador e onde as mulheres continuam a enfrentar diversas proibições.
Desde o mês de abril que dezenas de mulheres soldado sauditas passaram a fazer parte dos serviços de segurança que monitorizam os peregrinos em Meca e em Medina, os dois lugares mais sagrados do Islão.
“Isto é uma grande proeza para nós e é o maior orgulho estar ao serviço da religião, do país e dos convidados de Deus”, disse Samar, uma das mulheres soldado que estão de guarda em Meca.
Já Mona segue o mesmo percurso do seu pai, que também foi militar. “Estou a seguir as pisadas do meu falecido pai para completar a sua jornada, estando aqui na grande mesquita de Meca, o local mais sagrado”, afirmou.
O príncipe saudita Mohammed bin Salman tem impulsionado reformas sociais e económicas no país, que puseram termo à proibição das mulheres conduzirem, permitiram-lhes viajar sem necessitarem de autorização masculina e garantiram às mulheres mais controlo sobre assuntos familiares.
No entanto, o plano de reforma do príncipe herdeiro da coroa saudita também tem sido marcado pela repressão aos dissidentes, incluindo as ativistas dos direitos das mulheres.
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