A intervenção policial, usando gás lacrimogéneo contra os manifestantes, ocorreu após dias de protestos em várias cidades fronteiriças por eslovacos que viajam diariamente para outros países para trabalhar e a quem são exigidas quarentena de 14 dias no regresso, caso não sejam vacinados.
A medida, aplicada desde 09 de julho, foi considerada discriminatória pelo Tribunal Constitucional da Eslovénia, o que levou o Governo a estendê-la a todos os cidadãos que entram no país.
Os manifestantes, que cercaram hoje o Parlamento, também protestaram contra o anúncio do Ministério da Saúde de que quem possui o passaporte verde europeu - que atesta que está vacinado, testado ou teve a doença - pode usá-lo como alternativa ao mecanismo de registo nacional.
Na prática, esta medida implica que os vacinados poderão ter acesso a serviços como restaurantes ou lojas, sem ter que apresentar um teste PCR negativo recente.
A ação policial foi justificada pelo primeiro-ministro, o populista conservador Eduard Heger, como medida de segurança.
"O direito de expressar a opinião faz parte da democracia. É importante, porém, que os protestos ocorram sem altercações. E qualquer ataque ou agressividade contra a polícia é inadmissível", disse Heger.
Em frente ao Parlamento, os manifestantes gritaram 'slogans' como "Gestapo", "Devolvam-nos a Eslováquia" ou "Não lhe daremos a Eslováquia" e empunharam cartazes criticando o "Terror da Vacina".
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.139.040 mortos em todo o mundo, entre mais de 192,5 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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