Segundo relata a agência EFE, citando a agência oficial iraquina INA, o primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al Kazemi, presidiu à cerimónia de assinatura do acordo que foi assinado pelo ministro das Finanças iraquiano, Ali Abdelamir Alai, e pelo ministro libanês de Energia e Águas, Raymond Ghajar, que atualmente está de visita oficial a Bagdade.
Em informações prestadas à INA, o Ministério do Petróleo iraquiano explicou que "o Iraque fornecerá ao Líbano petróleo bruto progressivamente até atingir um milhão de toneladas por ano", que é o que sobra das refinarias de petróleo.
Não especificou "os bens e serviços" que o Líbano em crise terá que contribuir para o Iraque em troca de combustível.
Com um sistema elétrico público débil desde a guerra civil que terminou em 1990, a população libanesa depende em larga medida do usos de geradores aquiridos a terceiros, mas a falta de combustível para os fazer funconar faz com que não haja luz durante longos períodos, incluindo na capital.
A crise ocorrida no Líbano no final de 2019 já é considerada uma das 10 piores do mundo desde meados do século XIX, agravando-se recentemente com nova desvalorização da moeda local, subida da inflação e escassez de produtos básicos, tais como medicamentos, material médico e combustível.
A renúncia do primeiro-ministro designado, Saad Hariri, na semana passada, após nove meses sem conseguir formar governo devido à falta de consenso político, traduziu-se num novo atraso na busca de soluções para evitar o que o Líbano sofra, segundo analistas económicos, num iminente "colapso financeiro."
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