Fontes diplomáticas marroquinas confirmaram à agência noticiosa Efe que Lapid visitará o país entre quarta e quinta-feira, 11 e 12 de agosto, mas sem fornecerem mais detalhes sobre a sua agenda.

Em 19 de dezembro Lapid anunciou na rede social Twitter uma próxima vista a Rabat, após a qual, acrescentou, se prevê uma deslocação a Israel do seu homólogo marroquino, Naser Burita, para inaugurar a representação diplomática do reino alauita no Estado judaico.

O ministro dos Negócios Estrangeiros referiu na ocasião que a sua viagem a Marrocos será o "ponto de partida para acordos turísticos e comerciais, e uma cooperação económica e política global" entre os dois países.

Em 25 de julho Marrocos e Israel protagonizaram um novo reforço das relações bilaterais com a inauguração dos primeiros voos comerciais diretos entre Telavive a cidade marroquina de Marraquexe (centro-sul), através da El Al e Israir, duas companhias aéreas israelitas.

Estas ligações vão ser reforçadas em outubro com outras rotas entre Israel e as cidades marroquinas de Casablanca e Marraquexe, que vão ser operadas pela companhia marroquina Air Maroc (RAM) e a companhia de baixo custo Air Arabia Maroc, anunciou no domingo o diretor do Gabinete de contacto de Israel em Rabat, David Govrin, através do Twitter.

Govrin acrescentou que estas ligações foram decididas "após a forte procura de voos diretos entre os dois países".

De acordo com diversos 'media' locais, a Arkia, outra companhia aérea israelita, está a estudar a possibilidade de abrir uma nova rota direta entre os dois países.

Marrocos e Israel esperam retirar importantes benefícios económicos da sua relação e o turismo entre os dois países -- em particular turistas israelitas que visitem Marrocos -- constitui um importante ativo para o fomento desta indústria, muito afetada pela atual pandemia.

Cerca de 700.000 cidadãos israelitas possuem as suas origens em Marrocos, que no passado albergou uma importante comunidade judaica.

A normalização das relações foi formalizada em Rabat em 22 de dezembro passado, após 20 anos de rutura oficial, com a administração do ex-Presidente dos EUA Donald Trump a fornecer como compensação o reconhecimento da soberania de Marrocos sobre o disputado território do Saara ocidental, considerado pela ONU um "território não autónomo".

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