Governadora de Nova Iorque anuncia candidatura à reeleição em 2022

Kathy Hochul, a próxima governadora de Nova Iorque quando a demissão de Andrew Cuomo se tornar oficial dentro de 12 dias, anunciou na quinta-feira que pretende candidatar-se ao cargo em 2022.

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Lusa
13/08/2021 06:17 ‧ 13/08/2021 por Lusa

Mundo

Kathy Hochul

A atual vice-governadora tornou-se a primeira democrata a confirmar a candidatura ao cargo desde que Cuomo anunciou a sua saída esta semana, após ter sido acusado por várias mulheres de assédio sexual.

"Sou a pessoa mais preparada para assumir esta responsabilidade e vou pedir aos eleitores que confiem em mim novamente", salientou Kathy Hochul, em entrevista ao canal televisivo NBC, onde assumiu a candidatura às eleições em 2022.

A veterana política, de 62 anos, vice-governadora desde 2015, será a primeira mulher da história a governar o estado de Nova Iorque, noticia a agência EFE.

Para permanecer no cargo, Hochul terá de vencer os outros candidatos nas primárias democratas e, em novembro de 2022, enfrentar o candidato republicano, que deverá ser o congressista Lee Zeldin.

Na quarta-feira, na sua primeira aparição pública desde que Cuomo anunciou a sua demissão, Hochul procurou distanciar-se do governador e garantiu que nenhum funcionário envolvido no ambiente de trabalho 'tóxico' durante a gestão anterior irá continuar no cargo.

"Acho que é claro que o governador e eu não temos estado próximos, nem fisicamente, nem de outras formas", referiu.

O Governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, demitiu-se na terça-feira face a uma série de acusações de assédio sexual.

A decisão do governador, que estava no terceiro mandato, foi anunciada depois de um processo de destituição ('impeachment') que estava a ser preparado pelo poder legislativo.

O processo começou depois de o procurador-geral de Nova Iorque ter divulgado os resultados de uma investigação que deu conta de que Cuomo assediou sexualmente pelo menos 11 mulheres. 

Os investigadores indicaram que Cuomo submeteu as mulheres a beijos indesejados, apalpou seios ou nádegas ou tocou-lhes de forma inadequada, fez comentários insinuantes sobre a aparência delas e sobre a sua vida sexual.

Nas conclusões, os investigadores indicaram também que Cuomo criou um ambiente de trabalho "repleto de medo e intimidação". 

Leia Também: Governador de Nova Iorque demite-se após investigação sobre assédio

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