Kira Yarmysh, 31 anos, escritora, foi acusada de ajudar a organizar comícios de apoio a Alexei Navalny em janeiro, quando o líder da oposição foi preso no seu regresso à Rússia.
De acordo com uma mensagem na rede social Twitter da sua equipa, citada pela agência France-Presse, Kira Yarmysh foi considerada culpada de "incitar à violação das normas de saúde" quando os comícios estavam proibidos devido à pandemia de covid-19.
Em prisão domiciliária desde fevereiro, a porta-voz de Navalny está agora proibida de sair de Moscovo ou da sua região sem autorização especial e de participar em eventos públicos.
A sentença implica também que terá de se submeter a controlos mensais com agentes judiciais, de acordo com o jornal independente Novaya Gazeta.
A sua defesa anunciou a intenção de recorrer da sentença.
Conhecido como o "caso de saúde", o processo em que Yarmysh foi condenada visa vários familiares e colaboradores de Alexei Navalny, incluindo o seu irmão Oleg, o coordenador da sua equipa em Moscovo, Oleg Stepanov, e Anastasia Vassilieva, chefe de um sindicato de médicos ligados ao líder da oposição.
Todos são acusados de terem organizado as manifestações de janeiro, que reuniram dezenas de milhares de russos.
Uma aliada próxima de Navalny, a advogada Lyubov Sobol, foi a primeira a ser condenada no caso, no início de agosto, também a restrições de liberdade durante 18 meses.
O ativista anticorrupção e opositor do regime russo Alexei Navalny está atualmente a cumprir uma pena de dois anos e meio de prisão por um caso de alegada fraude em 2014.
Alexei Navalny, 45 anos, afirma tratar-se de um caso de fraude política.
Nos últimos meses, as autoridades russas têm vindo a desmantelar a rede de apoiantes de Navalny, nomeadamente classificando as suas organizações como extremistas e bloqueando dezenas de 'websites' ligados ao líder da oposição.
As próximas eleições parlamentares na Rússia estão agendadas para setembro.
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