Partido Comunista da China expulsa responsável pela censura 'online'
O Partido Comunista da China (PCC) anunciou hoje a expulsão de um responsável pela censura do conteúdo 'online', acusando-o de vários crimes e infração de regras, desde corrupção até falhas em orientar a opinião pública.
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Mundo Censura
Peng Bo foi vice-chefe do Grupo de Liderança para a Prevenção e Tratamento de Cultos, órgão criado depois de o Partido lançar uma campanha para suprimir o grupo de meditação Falun Gong, cujo rápido crescimento na sociedade chinesa passou a ser visto como ameaça à sua autoridade.
Segundo a Comissão Central de Disciplina e Inspeção do PCC, a investigação revelou que os "ideais e crenças de Peng ruíram e que ele foi desleal ao Partido, desviou-se das decisões do Comité Central sobre a gestão da opinião pública online [e] desistiu de posições assumidas sobre a gestão da Internet".
Peng também se "envolveu em atividades supersticiosas e recebeu ilegalmente grandes quantidades de propriedade", lê-se na mesma nota.
O responsável vai também ser privado de todos os salários e benefícios. O caso transitou para as autoridades judiciais.
O anúncio público é incomum, quer pela sensibilidade da posição de Peng, quer pelas acusações de que deixou de acreditar e passou a desafiar as ordens do Partido.
Estes comunicados geralmente são breves e fornecem pouca informação sobre as denúncias, quase sempre relacionadas a alguma forma de corrupção.
A China censura fortemente a Internet e redes sociais por conteúdo que não esteja alinhado com as políticas do PCC ou que questione a versão da História e narrativa sobre acontecimentos atuais na imprensa estatal.
Funcionários do PCC e as empresas do setor da Internet estão encarregues de orientar a opinião pública, através da exclusão de informação vista como desviante, enquanto conteúdo visto como insulto ao Partido ou à nação pode resultar em processo criminal.
Desde que assumiu a chefia do Partido Comunista, em 2012, Xi consolidou o poder por meio de uma estratégia dupla de eliminar a dissidência e impor disciplina através da mais ampla e abrangente campanha anticorrupção na história da República Popular da China.
Altos quadros das Forças Armadas ou do Partido Comunista e até funcionários aposentados receberam duras sentenças, incluindo a pena de morte.
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