Rússia e Alemanha devem continuar a dialogar "apesar das suas diferenças"
A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu hoje, em Moscovo, a continuação do diálogo com a Rússia, apesar das "profundas diferenças", na sua última visita ao país antes de abandonar o cargo no outono.
© Lusa
Mundo Angela Merkel
"Ainda que tenhamos diferenças profundas, falamo-nos e assim deve continuar", disse a chefe do Governo alemão, dirigindo-se ao Presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlin.
Merkel não fez alusão, nos primeiros minutos do encontro, ao caso de Alexei Navalny, cujo envenenamento, pelo qual o opositor russo e o ocidente responsabilizam o poder, ocorreu há precisamente um ano.
Berlim recebeu Navalny quando ele estava em coma, há um ano, e foram os cientistas do exército alemão que identificaram o veneno utilizado, uma substância neurotóxica desenvolvida pelos militares soviéticos.
A Rússia rejeitou todas as acusações e criticou fortemente a Alemanha, acusada de 'russofobia' e até de ter tramado o envenenamento.
Mas Vladimir Putin teve sempre o cuidado de não atacar Angela Merkel, que conhece desde que ela assumiu o poder, em 2005.
A Alemanha "continua a ser um dos nossos principais parceiros, na Europa, no mundo, em tudo. E isso graças a si em particular", disse hoje o Presidente russo à chanceler.
Os dois dirigentes têm prevista uma conferência de imprensa conjunta após o encontro, onde deverão discutir a situação no Afeganistão e na Líbia, o conflito na Ucrânia, a repressão na Bielorrússia, além das relações bilaterais.
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