As autoridades de Saúde brasileiras reportam, esta sexta-feira, mais 27.345 casos de infeção por novo coronavírus, uma descida em relação ao dia anterior (31.024). São ainda confirmadas mais 761 mortes associadas à doença, também uma descida em relação à véspera (920).
De acordo com o reportado pelas secretarias regionais de Saúde (CONASS), o país, com 212 milhões de habitantes, acumula 20.703.906 contágios confirmados desde o registo do seu primeiro caso, em São Paulo, em fevereiro do ano passado, e 578.326 pessoas morreram.
Contudo, os dados de hoje são parciais, não contabilizando os números do Ceará, um dos 10 estados brasileiros mais afetados pela pandemia e que não conseguiu comunicar atempadamente os registos das últimas 24 horas, devido a problemas técnicos.
Ainda de acordo com as autoridades sanitárias, a incidência da doença é agora de 275 mortes e 9.852 casos por cada 100 mil habitantes.
Em números absolutos, o Brasil, que mantém a tendência de queda em vários indicadores da pandemia, continua a ser o segundo país com mais mortes em todo o mundo, atrás dos Estados Unidos, e o terceiro com mais infeções, antecedido pelos norte-americanos e pela índia.
A nível nacional, São Paulo é o foco interno da pandemia, com 4.244.071 casos de covid-19, sendo seguido por Minas Gerais (2.057.992), Paraná (1.452.487) e Rio Grande do Sul (1.405.745).
Das 27 unidades federativas do país, as que concentram mais óbitos são, respetivamente, São Paulo (145.316), Rio de Janeiro (62.091), Minas Gerais (52.784) e Paraná (37.333).
O Brasil tem cerca de 60% da sua população parcialmente vacinada contra a Covid-19. Já aqueles que têm a vacinação completa equivalem a 27% da população.
O ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, manifestou-se hoje contra a adoção do denominado "passaporte de vacinação" para os cidadãos acederem a determinado local, classificando a medida como "descabida" e afirmando que "não ajuda em nada".
"Passaporte [de vacinação] não ajuda, não ajuda em nada. Tudo que é imposição, que é lei... o Brasil já tem um regulamento sanitário que é um dos mais avançados do mundo e essas matérias são administrativas", disse o ministro, no Rio de Janeiro, citado pelo canal televisivo GloboNews.
"O certificado de vacinação está lá, qualquer um pode pegar. E você começar a restringir a liberdade das pessoas, exigir um passaporte, carimbo, querer impor por lei uso de máscaras para estar multando as pessoas, indústria de multa, nós somos contra isso", afirmou Queiroga, cardiologista que assumiu o Ministério da Saúde em 23 de março último e que é o quarto titular da pasta desde que a pandemia chegou ao Brasil.
Alguns prefeitos e governadores brasileiros já informaram que vão passar a exigir certificado de vacinação nas suas regiões.
Exemplo disso é a cidade brasileira do Rio de Janeiro, que vai seguir os passos de São Paulo e também exigirá um certificado de vacinação contra a Covid-19, a partir de 1 de setembro, para permitir acesso a vários locais públicos.
Mais de 214.500.660 infetados com o novo coronavírus foram diagnosticados no mundo desde que a doença foi identificada em dezembro de 2019 na China, segundo um balanço da AFP até às 10:00 TMG (11:00 em Lisboa) de hoje.
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