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Afeganistão. Alemanha empenhada em ajudar os que fugiram ou tentam fugir

A Alemanha manifestou-se hoje empenhada em ajudar as pessoas que tentam sair do Afeganistão para fugir ao novo regime talibã ou que já saíram como refugiados.

Afeganistão. Alemanha empenhada em ajudar os que fugiram ou tentam fugir
Notícias ao Minuto

18:42 - 29/08/21 por Lusa

Mundo Afeganistão

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, disse, antes de chegar à Turquia, para uma viagem a vários países vizinhos do Afeganistão, que o compromisso da Alemanha "não termina com a conclusão da missão militar de resgate".

As operações militares alemãs de resgate terminaram no Afeganistão com a retirada de 5.347 pessoas de pelo menos 45 países, de acordo com Ministério da Defesa.

Milhares de pessoas continuam, no entanto, a tentar sair do país.

Depois da Turquia, o chefe da diplomacia alemã viajará para o Uzbequistão, Paquistão, Tajiquistão e Qatar.

Heiko Maas reconheceu que os países aos quais vai deslocar-se desempenharam um "papel considerável para garantir o sucesso" das operações de resgate, defendendo uma "abordagem internacional coordenada com os talibãs".

"A nossa oferta de apoio aos países vizinhos [do Afeganistão] para ajudá-los a lidar com as consequências humanitárias e económicas também faz parte disso [do compromisso alemão]", afirmou, acrescentando que é do interesse da Alemanha "garantir que o colapso no Afeganistão não desestabilize toda a região".

Os talibãs (extremistas) reconquistaram a capital afegã, Cabul, em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no Afeganistão desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime talibã (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal, que recebeu à data 61 refugiados afegãos.

Na quinta-feira, um atentado suicida, reivindicado por um braço do grupo 'jihadista' Estado Islâmico, matou pelo menos 170 pessoas, incluindo 13 militares norte-americanos, e feriu 150 no aeroporto de Cabul, "epicentro" da gigantesca "ponte aérea" para retirar afegãos e estrangeiros do Afeganistão.

Hoje, num ataque de autoria desconhecida, pelo menos cinco pessoas, três delas crianças, morreram após uma explosão numa casa perto do aeroporto.

Leia Também: Afeganistão: Quase cem países esperam que talibãs deixem sair quem quiser

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