Sete afro-americanos executados em 1951 recebem perdão póstumo

Há várias décadas que o caso d'Os Sete de Martinsville' era visto como um exemplo do uso desproporcionado da pena de morte contra pessoas racializadas.

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Notícias ao Minuto
31/08/2021 16:23 ‧ 31/08/2021 por Notícias ao Minuto

Mundo

EUA

O governador do estado da Virginia, Ralph Northam, concedeu esta terça-feira indulto póstumo a sete homens afro-americanos condenados à morte e executados em 1951 pela violação de uma mulher branca, num caso que gerou controvérsia e que é apontado como um exemplo da disparidade racial na aplicação da pena capital, noticia a AP.

Os setes homens, que ficaram conhecidos como 'Os Sete de Martinsville', foram condenados pela violação de Ruby Stroud Floyd, uma mulher de 32 anos, na altura. A mulher tinha visitado um bairro predominantemente habitado por afro-americanos, em Martinsville, no dia 8 de janeiro de 1949, para recolher pagamento de roupas que havia vendido.

Quatro dos acusados foram executados a 2 de fevereiro de 1951 e os restantes três dias depois, todos na cadeira elétrica, numa altura em que a violação era um crime capital.

Em dezembro, ativistas e descendentes dos homens apelaram à emissão de indultos, uma petição que não pretendia contestar a culpabilidade no crime, mas sublinhar a injustiça do julgamento e da pena, a mais gravosa.

Os sete homens eram (da esquerda para a direita na imagem acima) Booker Millner, Frank Hairston Jr., Howard Lee Hairston, Joe Henry Hampton, John Clabon Taylor, Francis DeSales Grayson e James Luther Hairston.

Em março deste ano, o estado da Virginia, o segundo estado norte-americano com maior número de execuções, aboliu a pena de morte. O caso d'Os Sete de Martinsville' foi citado durante os debates como um exemplo do uso desproporcionado da pena de morte contra pessoas racializadas.

Leia Também: Pós-colonialismo e antirracismo em foco no Museu do Aljube em 2022

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