Numa entrevista à BBC Scotland, Greta Thunberg comentou uma anterior afirmação do governo escocês, que considerou que a sua legislação para lutar contra as alterações climáticas era “líder a nível mundial”. A legislação inclui um objetivo para atingir zero emissões de carbono até 2045.
No entanto, para a ativista ambiental sueca a Escócia não é um líder mundial no combate às alterações climáticas. Thunberg reconheceu que alguns países “fazem mais do que outros”, mas que nenhum se aproxima do que é preciso.
Sobre o acordo entre o Partido Nacional Escocês (SNP) e o Partido Verde, que lhe vai permitir ter membros no governo da Escócia pela primeira vez, Greta Thunberg destacou que enfrentar as alterações climáticas não é tão fácil como votar num partido ecologista.
“É claro que pode haver políticos que são ligeiramente menos maus do que outros. Foi muito mau, mas compreende o que quero dizer. É um sinal esperançoso que as pessoas queiram algo que é mais ‘verde’ – seja o que for que verde queira dizer – mas para podermos resolver isto temos de enfrentá-lo com uma abordagem mais sistémica”, sublinhou.
A ativista manteve a incerteza em torno da sua presença na COP26, a conferência para as alterações climáticas das Nações Unidas, que vai decorrer em Glasgow, na Escócia, em novembro.
Thunberg voltou a referir que a sua presença vai depender da segurança e do cariz “democrático” do evento, explicando que isso significa garantir que os participantes de países mais pobres vão estar totalmente vacinados contra a Covid-19 e que podem viajar para estar na COP26.
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