"Um ataque ocorreu esta manhã na Estrada Nacional 4, perto de Ofai. Mais de uma dúzia de veículos foi incendiado. O balanço definitivo ainda não é conhecido", escreveram os especialistas do Barómetro de Segurança de Kivu (KST) na plataforma social Twitter, acrescentando que as "ADF são suspeitas".
Citado pela agência France-Presse (AFP), o porta-voz das operações militares em Ituri, Jules Ngongo, afirmou que as ADF "mataram quatro pessoas, uma das quais foi encontrada queimada num dos 13 veículos que foram incendiados" pelos rebeldes.
"Conseguimos recuperar mais de 60 pessoas desaparecidas no mato", acrescentou.
As ADF iniciaram a sua violenta campanha em 1996 no Uganda ocidental contra o regime do Presidente do Uganda, Yoweri Museveni - a quem acusaram de ser antimuçulmano -, até o Exército forçar a sua retirada para a fronteira com a RDCongo.
A partir daí, fizeram incursões em território congolês, tendo aumentado a sua frequência, aproveitando uma geografia montanhosa que lhes permite esconder-se das operações militares e da missão das Nações Unidas no país (Monusco), que enviou mais de 15.000 soldados.
As autoridades congolesas consideram as ADF como um dos mais violentos grupos armados no leste da RDCongo.
Em 11 de março, os Estados Unidos colocaram este grupo armado entre os "grupos terroristas" filiados ao grupo Estado Islâmico (EI).
De acordo com o mais recente relatório publicado pelo KST, cerca de 120 grupos armados continuam ativos no leste da RDCongo, espalhados pelas províncias do Kivu Norte, Kivu Sul, Ituri e Tanganica.
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