São Tomé. Candidatos perto da capital no último dia de campanha
A campanha para a segunda volta das eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe acaba hoje, com a maioria das ações dos dois candidatos perto da capital, num processo eleitoral que se atrasou devido a diferendos jurídicos e políticos.
© Lusa
Mundo São Tomé/Eleições
À eleição do próximo domingo concorrem Carlos Vila Nova, apoiado pela Ação Democrática Independente (ADI, oposição), e Guilherme Posser da Costa, candidato oficial do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe -- Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), que conta na segunda volta com o apoio dos restantes parceiros da chamada 'nova maioria' (Partido Convergência Democrática e coligação UDD/MDFM).
No último dia, os dois candidatos estarão no distrito de Água Grande, onde se situa a capital, São Tomé. Devido à situação de covid-19, os comícios estão proibidos e os candidatos têm optado por fazer breves discursos nas várias localidades por onde vão passando.
O ato eleitoral será escrutinado por observadores internacionais enviados pela União Africana, Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) e pelas embaixadas dos Estados Unidos da América, Nigéria e Índia.
A realização da segunda volta atrasou-se quase um mês em relação à data inicialmente prevista (08 de agosto), devido a um impasse no Tribunal Constitucional, que ficou dividido quanto ao pedido de recontagem de votos da primeira volta feito pelo terceiro classificado, Delfim Neves.
Depois, os partidos não se entenderam quanto à data da realização da segunda volta e o parlamento adiou esse debate em duas ocasiões. O Presidente da República cessante, Evaristo Carvalho, promulgou a lei excecional aprovada pela maioria parlamentar (MLSTP, PCD e UDD/MDFM, que compõem a 'nova maioria' que suporta o Governo de Jorge Bom Jesus), mas acusou o parlamento de se ter "imiscuído" na sua competência de marcar eleições.
O último dia da campanha para a segunda volta coincide com o fim oficial do mandato de cinco anos de Evaristo Carvalho, que esta semana garantiu que continuará no cargo até à posse do seu sucessor, esvaziando assim outra polémica que tinha dominado o debate político nas últimas semanas.
O presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, havia defendido que competia à segunda figura do Estado assumir interinamente a Presidência após o fim do mandato presidencial, enquanto ADI e MLSTP propunham a prorrogação do mandato.
Na primeira volta, realizada a 18 de julho e à qual concorreram 19 candidatos, Carlos Vila Nova conquistou 43,3% dos votos e Posser da Costa teve 20,7%.
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