A mesma fonte precisou à agência France-Presse que "há cidadãos norte-americanos no grupo que parte de Cabul para Doha".
Responsáveis do Qatar citados pela agência noticiosa norte-americana Associated Press indicaram que entre 100 e 150 cidadãos dos Estados Unidos fazem parte daquele grupo.
Imagens divulgadas pela televisão do Qatar Al Jazeera mostram mulheres e crianças entre as pessoas que esperam ser retiradas no aeroporto de Cabul.
"Estamos muito gratos aos qataris", disse à Al Jazeera um dos passageiros que se apresentou como canadiano.
O grupo vai num voo da Qatar Airways, que transportou ajuda para o Afeganistão.
"Chamem-lhe o que quiserem, um voo fretado ou comercial, toda a gente tem passagens e cartões de embarque", disse um enviado especial do Qatar, Mutlaq bin Majed al-Qahtani, adiantando que outro voo comercial partirá na sexta-feira.
O Qatar tornou-se um ator chave na crise afegã. Acolheu as negociações concluídas em 2020 entre os Estados Unidos e os talibãs, bem como as posteriores discussões do movimento fundamentalista com o governo afegão do deposto presidente Asraf Ghani.
Os Estados Unidos retiraram cerca de 123.000 pessoas, principalmente afegãos que temiam represálias dos talibãs, desde que o movimento extremista tomou Cabul a 15 de agosto e o final do mês, quando terminou a retirada das forças norte-americanas do Afeganistão. Mas as autoridades norte-americanas reconhecem que ainda há muita gente para retirar.
Numa visita oficial ao Qatar na terça-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, obteve um novo compromisso dos talibãs de que os afegãos que desejem sair do país o poderão fazer sem entraves.
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