Argentina reabre hoje fronteira com o Brasil, após 18 meses
A ponte internacional Tancredo Neves, que une Brasil e Argentina, será reaberta a partir de hoje ligando novamente as cidades de Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú, fechada há 18 meses devido à pandemia, anunciou fonte oficial.
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Mundo Covid-19
A reabertura, ainda limitada, é considerada uma prova-piloto para a readaptação do fluxo de turistas às novas regras que estabelecem cotas diárias de pessoas e protocolos sanitários.
"A reabertura é para a entrada de turistas brasileiros e de argentinos no exterior. É uma prova-piloto para harmonizar o sistema que estava apagado havia um ano e meio", anunciou a diretora de Migrações argentina, Florencia Carignano, durante uma conferência de imprensa no fim-de-semana.
De forma generalizada, as fronteiras terrestres argentinas só vão abrir para os turistas de países vizinhos a partir de 01 de outubro e para todos os estrangeiros de qualquer nacionalidade a partir de 01 de novembro, anunciou o Governo.
O ponto escolhido da fronteira com o Brasil movimentou 11,156 milhões de pessoas em 2019, nos dois sentidos da fronteira. Este ponto é o mais transitado do país, alternando com o aeroporto de Buenos Aires, o principal da Argentina.
A prova-piloto vai limitar-se a uma média de 890 pessoas diárias no sentido Brasil-Argentina.
O maior limitante para o aumento do fluxo diário de pessoas é o teste de antigénio que todos, sem exceção, devem fazer no posto de entrada na Argentina. Entre a chegada ao país, o processo para o teste e o resultado, o tempo de espera é de cerca de duas horas, limitando a quantidade de turistas diários, de acordo com a capacidade de controlo das autoridades argentinas.
Este testo deixará, no entanto, de ser exigido quando o país atingir 50% da sua população completamente vacinada, segundo o decreto de reabertura das fronteiras. Atualmente, 47,2% da população argentina está vacinada com duas doses.
"Por isso, faltam poucos dias para que possamos aumentar o fluxo diário de pessoas. O que condiciona a quantidade de voos é a capacidade de testes dos laboratórios", apontou Carignano.
O horário de reabertura formal da ponte será às 17:00 locais (21:00 em Lisboa) com a presença das autoridades nacionais, além de empresários do setor turístico.
A reabertura favorece também o regresso de argentinos que não podiam voltar por terra ao seu próprio país. Todas as fronteiras terrestres mantiveram-se fechadas também aos argentinos. Até agora, o único porto de entrada no país para os próprios argentinos era o aeroporto de Buenos Aires, mas com uma capacidade diária limitada que deixou milhares retidos no exterior.
Para entrar na Argentina, o estrangeiro deverá preencher um formulário e comprovar ter um esquema completo de vacinação com, pelo menos, 14 dias. Também deverá apresentar um exame de PCR negativo, realizado até 72 horas antes da entrada na Argentina. Todas as vacinas são aceites.
Do lado argentino da fronteira, o turista passará por um novo teste de antigénio antes de poder entrar no país. Se ficar mais de cinco dias na Argentina, precisará ainda fazer um novo PCR entre o 5.º e o 7.º dia desde a chegada. Estes exames deverão ser pagos pelo próprio turista.
Quem não estiver completamente vacinado, incluindo os menores de idade, poderão entrar na Argentina, mas terão de ficar em quarentena e fazer tanto o teste antigénio, quanto o PCR posterior.
Com 45 milhões de habitantes, a Argentina acumula, desde o início da pandemia, 5,2 milhões de infetados, dos quais 114.862 faleceram.
Nas últimas 24 horas, o país teve 562 novos casos, número mais baixo dos últimos 16 meses, e 14 mortes, o valor mais baixo dos últimos seis meses.
O Brasil é o segundo país mais afetados pela covid-19 no mundo, a seguir aos Estados Unidos, com 594.200 mortes e 21,3 milhões de casos.
A covid-19 provocou pelo menos 4.740.525 mortes em todo o mundo, entre 231,48 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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