Angola proíbe acesso às praias e exige certificado em locais públicos

O Governo angolano voltou a interditar o acesso às praias e piscinas públicas, sendo obrigatória a apresentação do certificado de vacinas para aceder a locais públicos, nomeadamente restaurantes e instituições públicas, entre outros.

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Lusa
30/09/2021 20:39 ‧ 30/09/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

Segundo o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Francisco Furtado, que apresentou hoje em Luanda novas medidas preventivas de controlo da pandemia, a vigorar em outubro, "a curva epidémica da covid-19 mostra um aumento significativo preocupante de casos positivos durante o mês de setembro, com uma taxa de crescimento de cerca de 13%".

O também coordenador da Comissão Multissetorial de Combate e Prevenção da Covid-19 em Angola disse que a taxa de transmissão tende a crescer, particularmente nas províncias de Luanda, Huambo, Benguela e Huíla.

"De igual modo a taxa de mortalidade é crescente nestas províncias com tendência de alastrar-se para outras províncias do país", afirmou, realçando que a alteração do quadro epidemiológico do país foi influenciada pelo relaxamento das medidas, agravada pela circulação de variantes altamente transmissíveis e perigosas.

O processo de vacinação prossegue em todo o país, salientou Francisco Furtado, mas requer mais esforços e maior promoção para se alcançar a imunidade de grupo até ao final deste ano.

Na apresentação do novo decreto presidencial, que começa a vigorar a partir desta sexta-feira e mantém a situação de calamidade pública, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, disse que a partir de 15 de outubro é obrigatório a apresentação do certificado de vacinação para funcionários públicos no geral, para acesso a restaurantes, estabelecimentos de ensino, reuniões e atividades em espaços fechados, atividades recreativas em geral.

Nesse sentido, a partir de 15 de outubro, as autoridades sanitárias recomendam a vacinação para todos os cidadãos, exceto menores de 18 anos, com destaque para certos grupos profissionais, nomeadamente funcionários públicos em geral, todos os que prestam serviço diretamente ao público (motoristas, taxistas e moto-taxistas, bem como outros que têm contacto com terceiros).

"A partir do dia 15 de outubro o certificado de vacinação passa a ser condição de acesso a vários serviços", disse Adão de Almeida, acrescentando que em alternativa pode ser apresentado o teste negativo de covid-19, com validade para apenas uma semana.

De acordo com Adão de Almeida, o objetivo principal é "reforçar, acelerar e transmitir uma mensagem cada vez mais presente aos cidadãos da importância da vacinação".

Francisco Furtado considerou que o relaxamento das medidas levou a que um número significativo de cidadãos deixasse de fazer uso das máscaras e de cumprir as medidas de higienização frequentes.

O abrandamento das medidas punitivas de controlo por parte das forças da ordem também tem influenciado o atual quadro epidemiológico do país, considerou Francisco Furtado.

A covid-19 provocou pelo menos 4.771.320 mortes em todo o mundo, entre 233,23 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Leia Também: AO MINUTO: Madeira prolonga calamidade; "Cobertura vacinal insuficiente"

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