A Índia tem exigido que o Reino Unido revogue o que considerou ser um "aviso discriminatório", que inclui os indianos, mesmo que estejam totalmente vacinados, com as vacinas da AstraZeneca produzidas na Índia.
Segundo reporta a agência noticiosa Associated Press (AP), o ministro dos Negócios Estrangeiro indiano, Subrahmanyam Jaishankar, discutiu a questão com a homóloga britânica, Liz Truss, numa reunião em Nova Iorque no início desta semana.
A Índia tem manifestado indignação contra Londres porque, embora a vacina Oxford-AstraZeneca tenha sido reconhecida pelo Reino Unido, a versão da mesma produzida pelo Serum Institute of India foi excluída.
Um funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano, citado pela AP, revelou que, a partir de segunda-feira, todos os britânicos que cheguem, independentemente do estado da vacinação, terão de realizar o teste RT-PRC nas 72 horas que antecedem a viagem, outro ao chegar à Índia e um terceiro oito dias depois.
Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, os viajantes britânicos terão também de ficar em quarentena em casa ou no local de alojamento durante 10 dias.
A grande maioria dos indianos foi vacinada com as doses da AstraZeneca feitas pelo Sérum Institute of India. A outros foi administrada a COVAXIN, produzida por uma empresa indiana que não é usada no Reino Unido.
A Índia, o maior produtor mundial de vacinas, anunciou no início desta semana que retomará as exportações e doações de vacinas contra o novo coronavírus a partir deste mês, após as ter suspendido por um mês devido ao grande aumento nas infeções domésticas.
Segundo um balanço realizado pela agência de notícias francesa AFP com base em fontes oficiais, divulgado hoje de manhã, a pandemia de covid-19 matou, até hoje, pelo menos 4.780.108 pessoas em todo o mundo desde o final de dezembro de 2019 entre os 233.723.290 casos de infeção.
A Índia, com 448.339 mortes em 33.766.707 casos, é o terceiro país do mundo mais afetado pela pandemia, atrás dos Estados Unidos (697.695 mortes para 43.459.844 casos) e Brasil (596.749 mortes e 21.427.073 casos).
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