"O ex-Presidente, um delinquente e um criminoso, foi detido e transportado para um centro penitenciário", anunciou o primeiro-ministro georgiano, Irakli Garibashvili, numa conferência de imprensa extraordinária.
Saakashvili, condenado a duas penas de três e seis anos de prisão por corrupção e abuso de poder, escreveu previamente na sua conta pessoal no Facebook que tinha chegado à cidade georgiana de Batumi, nas margens do mar Negro.
As autoridades negaram inicialmente essa informação e asseguraram que o ex-chefe de Estado, privado da cidadania georgiana em 2015 e que permanecia em fuga à justiça do país, não tinha cruzado a fronteira.
A Geórgia organiza este sábado eleições municipais que fazem temer uma repetição da crise política registada após as legislativas de 2020, assinaladas por denúncias de fraude e fortes protestos da oposição.
O principal catalisador desta nova espiral de confrontação foi Saakashivili, que abandonou o país há oito anos e vivia atualmente na Ucrânia, país que lhe concedeu a nacionalidade.
Fundador do Movimento nacional unido (MNU, oposição), apelou aos seus apoiantes para saírem à rua e protestarem no dia seguinte às eleições.
Segundo a cadeia televisiva local Imedi, o ex-dirigente encontra-se numa prisão dos arredores de Tbilissi, onde se começaram a concentrar os seus seguidores.
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