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Venezuela. Brasil realiza operação contra contrabando em terras indígenas

A Polícia Federal brasileira lançou hoje uma operação contra uma rede criminosa suspeita de realizar contrabando de ouro proveniente de terras indígenas na Venezuela, informaram fontes oficiais.

Venezuela. Brasil realiza operação contra contrabando em terras indígenas
Notícias ao Minuto

18:34 - 15/10/21 por Lusa

Mundo Venezuela

Mais de 70 agentes cumpriram 40 ordens judiciais, incluindo quatro prisões preventivas, além de diversas buscas e apreensões de bens de suspeitos, segundo uma nota da Polícia Federal.

A nota não especifica onde foi realizada a operação, mas aponta que algumas das empresas estavam localizadas no estado de Roraima.

As investigações tiveram início em abril de 2019, quando um veículo que apresentava registo de roubo foi abordado por polícias militares em Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela.

O condutor estava com aproximadamente 180 mil reais (28,5 mil euros) e informou que os valores seriam utilizados para aquisição de ouro de origem venezuelana e que, inclusive, realizaria este tipo de compra mensalmente há pelo menos um ano.

"O homem foi encaminhado à Polícia Federal, que detetou registos de relacionamento daquela situação com investigados na operação Hespérides, deflagrada em dezembro de 2019 e que apurou a existência de uma organização criminosa especializada em introduzir ouro venezuelano no Brasil", destacou a polícia brasileira.

"Os envolvidos disfarçariam o metal precioso contrabandeado como 'sucata de metal', dissimulando sua origem e qualidade e teriam movimentado ilegalmente quantias milionárias", acrescentou.

Segundo as autoridades brasileiras, esse 'modus operandi' permitiu à quadrilha importar ilegalmente "mais de 100 quilos de ouro de terras indígenas da Venezuela".

Da mesma forma, há indícios de que a organização também "exportaria irregularmente volumosas quantidades de produtos alimentícios" para a Venezuela, que vive uma grave crise económica, política e social, "com suspeitas de que o pagamento seria feito em ouro".

O grupo também usaria empresas localizadas em Roraima para dar aparência de legalidade aos valores derivados dos crimes investigados.

Os suspeitos vão responder na Justiça por organização criminosa, contrabando, sonegação de impostos e lavagem de dinheiro, entre outros crimes, segundo a polícia brasileira.

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