O documento hoje consultado pela Lusa reflete as obras de requalificação das minas de Moatize e "uma maior procura" dos mercados asiáticos com a retoma da economia global após a fase mais aguda de restrições ligadas à covid-19.
A pandemia tinha afetado de forma significativa a atividade mineira em 2020.
A expansão dos indicadores entre julho e agosto acompanha a tendência já verificada nos três meses anteriores.
A produção de carvão no terceiro trimestre de 2021 fixou-se em 2,4 milhões de toneladas e as vendas ascenderam a 2,6 milhões de toneladas.
O maior aumento de vendas face a 2020 deu-se no 'carvão energético' (mais 160%) usado em centrais térmicas, por exemplo, para produção de eletricidade, superando o salto dado pelo 'carvão coque' (mais 42%) usado na indústria metalúrgica.
Este ano, até final de setembro, a Vale já tinha produzido 5,6 milhões de toneladas de carvão em Moatize, face a 4,6 milhões nos primeiros nove meses de 2020.
"A produção está em crescimento" após as obras de requalificação e deve atingir a velocidade cruzeiro "no próximo trimestre".
"Contudo, devido à estação chuvosa, a taxa de produção anual de 15 milhões de toneladas pode não ser atingida", refere a empresa no relatório.
A Vale anunciou no início do ano que está de saída de Moçambique.
A mineira procurar investidores para vender a operação em Moatize, em linha com o objetivo de reduzir as suas emissões de carbono, dado que o carvão é uma das principais fontes à escala global.
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