O ministro da Saúde, Hugo de Jonge, sublinhou "a preocupação" do executivo e indicou a necessidade de "enfrentar que os números estão a aumentar mais rapidamente e antes do esperado".
Espera-se que o primeiro-ministro, Mark Rutte, e De Jonge convoquem uma conferência de imprensa nos próximos dias para anunciar as medidas aprovadas, com base nas recomendações da sua equipa de assessores técnicos da área da saúde.
O ministro falou de "dilemas" que o Governo tem de "enfrentar", referindo-se às restrições, e explicou que o objetivo é "evitar o cenário em que tem de se escolher, à entrada dos hospitais", que doentes tratar.
A análise que está a ser feita pelos membros do Governo holandês tem em conta "especialmente que as pessoas não-vacinadas correm o maior risco de ser infetadas e contagiar outras" e que elas são também maioritariamente as que são internadas nos hospitais.
"Isso significa que as medidas que tenhamos que tomar também devem fazer jus a esta situação, a esta análise", afirmou.
Algumas das medidas em cima da mesa são a reintrodução da obrigatoriedade do uso de máscara -- agora, só vigente nos transportes públicos -, um reforço dos controlos do "passe covid", confinamentos locais ou a administração de uma dose de reforço da vacina.
Neste momento, só está a ser disponibilizada na Holanda uma terceira dose das vacinas Pfizer ou Moderna às pessoas com um sistema imunitário muito debilitado.
A 25 de setembro, o país levantou a medida relativa à necessidade de manter distanciamento social e introduziu o uso do "passe covid" para entrar em bares, restaurantes e discotecas, entre outros espaços.
Desde então, as infeções multiplicaram-se, passando de à volta de 1.500 por dia para mais de 6.300 diárias nos últimos dias, bem como os internamentos, com cerca de 740 doentes com covid-19 nos hospitais, em vez dos 400 registados em finais de setembro.
A título de exemplo, o hospital Haga de Haia suspendeu no domingo temporariamente a admissão de doentes, perante o perigo de congestionamento.
Segundo os mais recentes dados, divulgados no domingo, pela primeira vez desde 25 de julho registaram-se 6.350 casos em 24 horas, o que representa mais 1.350 que a média da semana passada, com uma incidência atual de 36,3 casos por cada 100.000 habitantes.
No domingo, cerca de 320 requerentes de asilo que estão alojados num centro de refugiados na cidade de Goes, província de Zelanda, foram colocados em quarentena depois de 50 testarem positivo para o coronavírus SARS-CoV-2.
Quanto aos números da vacinação, 83,5% da população adulta holandesa recebeu as duas doses da vacina (87,1% tem pelo menos uma dose), mas se se contar os adolescentes a partir dos 12 anos, a cobertura nacional da vacinação aumenta para 84,9% com vacinação completa (81,4% com pelo menos uma dose).
A covid-19 causou pelo menos 4.945.746 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,56 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, com base em dados oficiais.
Em Portugal, morreram, desde março de 2020, 18.138 pessoas e foram contabilizados 1.085.451 casos de infeção, de acordo com dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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