"Não posso intervir na Petrobras, mas é uma estatal que, com todo o respeito, só me dá dor de cabeça", disse o Presidente em entrevista à emissora Jovem Pan.
O chefe de Estado brasileiro aludiu aos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis no país, que já ultrapassam os 40% em 12 meses.
"[Os combustíveis] estão subindo em todo o mundo", justificou Bolsonaro.
O Presidente brasileiro alegou que não poder interferir na política de preços da Petrobras, que reflete as oscilações do mercado internacional.
Bolsonaro referiu os resultados de produção da empresa para alegar que não vale a pena a Petrobras ter recordes de produção de petróleo bruto se os benefícios que ela obtém são para os seus acionistas, devido à estrutura mista da empresa, que é controlada pelo Governo brasileiro, mas tem ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), de Nova Iorque e Madrid.
O Presidente brasileiro reiterou que o Governo pode incluir a petrolífera no seu plano de privatizações, possibilidade que tem sido levantada nas últimas semanas pelo ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, e que causou certa turbulência na bolsa de valores brasileira.
Segundo Guedes, a tendência mundial de substituir os combustíveis fósseis tornarão "em 30 ou 40 anos a Petrobras sem valor", por isso considerou que poderia ser "mais negócio" privatizá-la agora, quando o petróleo ainda mantém a sua importância.
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