Armin Laschet revelou esta solução de compromisso depois de a maioria dos líderes partidários dos 326 distritos eleitorais se manifestarem pelo envolvimento dos 400 mil militantes na renovação da presidência da CDU.
Será a primeira vez na história que as bases são envolvidas na eleição da presidência da CDU.
A consulta será feita em três fases: na primeira, até 17 de novembro, os candidatos formalizarão a sua candidatura; depois terão duas semanas para se apresentarem e, em seguida, realizar-se-á a votação por correspondência, em duas voltas, que ocorrerão entre dezembro e a primeira quinzena de janeiro.
Os estatutos do partido estabelecem que a eleição dos seus dirigentes é da responsabilidade do congresso, pelo que o resultado da consulta às bases será submetido ao congresso, a decorrer de 21 a 22 de janeiro, em Hannover, no oeste da Alemanha.
Laschet, representante da ala centrista do partido, foi eleito líder do partido em janeiro e, em março, também se impôs como candidato à chefia do governo pelo bloco conservador, formado pela CDU e pela União Social Cristã (CSU).
Após a dura derrota nas eleições gerais de 26 de setembro, nas quais a CDU/CSU obteve 24,1%, o seu pior resultado numa eleição nacional, Laschet manifestou a vontade de coordenar a renovação da liderança do partido.
Não há candidatos oficiais à presidência da CDU, mas estão a ser citados cinco nomes, todos da Renânia do Norte-Vestfália, a região mais populosa do país e da qual é originário Laschet.
Três dos supostos candidatos já disputaram o cargo de chanceler, nomeadamente Friedrich Merz, rival histórico de Angela Merkel; o atual ministro da Saúde, Jens Spahn; e o especialista em política externa Norbert Röttgen.
A estes juntam-se dois novos nomes: o chefe do grupo parlamentar, Ralph Brinckhaus, e Carsten Linnemann, o principal "porta-estandarte" da consulta às bases.
A eleição para a presidência será a terceira em três anos na formação que Merkel liderou durante 18 anos.
Em 2018, quando Merkel anunciou que deixaria a presidência do partido e que não concorreria a outro mandato como chanceler, o cargo de secretário-geral da CDU foi ocupado por Annegret Kramp-Karrenbauer. Um ano depois esta renunciou e Armin Laschet assumiu a posição de líder do partido.
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