Com cerca de 19 milhões de habitantes a Roménia apresenta uma taxa de vacinação de cerca de 37%, abaixo da média de 75% de vacinação contra a covid-19 registada na União Europeia.
No conjunto dos países da União Europeia (UE) apenas a Bulgária tem uma percentagem mais reduzida de população vacinada.
Segundo a informação avançada hoje pelas autoridades romenas, 541 das 591 pessoas que morreram nas últimas 24 horas não foram vacinadas. A Roménia tem neste momento mais de 1.800 doentes com covid-19 nos cuidados intensivos.
A subida do número de infeções, hospitalizações e de mortes levou a Roménia, na semana passada, a aplicar medidas restritivas mais intensas, sendo exigido um certificado sanitário em numerosas atividades do dia a dia como idas ao ginásio, cinemas ou cenros comerciais.
Foi também imposto um recolher obrigatório a partir das 22:00.
Ouvido pela Associated Press, o médico e estatístico de saúde Octavian Jurma referiu que a elevada taxa e mortalidade por covid-19 na Roménia é o resultado dos movimentos anti-vacinação, de uma pobre educação sanitária e de uma resposta nacional incapaz de conter a crise de saúde pública.
"Não havia nenhuma estratégia de comunicação [governamental] e nenhuma estratégia de educação. As únicas pessoas que se comunicam, e de forma muito eficaz, são os anti vacinas e os movimentos negacionistas", referiu, acentuando que a pandemia atingiu o pico sem que fossem tomadas medidas de mitigação, com o peso da situação a recair sobre os hospitais.
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