Presidente checo deixa unidade de cuidados intensivos
O presidente checo, Milos Zeman, que esteve mais de três semanas internado numa unidade de cuidados intensivos, foi transferido para uma unidade de reabilitação, anunciou hoje o hospital de Praga, onde está a ser tratado.
© Reuters
Mundo República Checa
Zeman foi hospitalizado a 10 de outubro, um dia após as eleições legislativas na República Checa, tendo as televisões transmitido imagens mostrando-o aparentemente inconsciente.
A transferência para a unidade de reabilitação ocorre numa altura em que os senadores checos estão a estudar meios constitucionais para declarar Zeman inapto para exercer o cargo.
Segundo a imprensa local, o Presidente checo, de 77 anos, sofre de graves problemas de fígado devido ao consumo de álcool.
O político de esquerda começou este ano a deslocar-se de cadeira de rodas, devido a uma neuropatia diabética que lhe afetou as pernas.
"A 04 de novembro, o Presidente foi transferido para uma cama normal do serviço de reabilitação", declarou a porta-voz do hospital universitário militar de Praga, Jitka Zinke, em comunicado.
A porta-voz indicou que Zeman foi hospitalizado por problemas relacionados com a sua "doença crónica conhecida", causados por "uma ingestão deficiente de nutrientes e líquidos", e acrescentou que "o estado clínico do Presidente melhorou".
Em outubro, o hospital declarou num relatório que Zeman não estava em condições de desempenhar as suas funções.
Por sua vez, o gabinete de Zeman divulgou um vídeo que o mostra na cama, assinando uma resolução a convocar a primeira sessão pós-eleitoral do novo parlamento para 08 de novembro.
A sua hospitalização impediu-o de arbitrar as negociações sobre a criação do novo Governo.
Nos termos da Constituição do país, cabe ao Presidente nomear o próximo primeiro-ministro.
Zeman queria inicialmente nomear para o cargo o seu aliado político, o primeiro-ministro cessante Andrej Babis, apesar de o seu partido, o populista ANO (SIM), ter perdido por pouco o escrutínio contra a aliança tripartida de centro-direita Juntos.
Mas o seu plano fracassou, porque o Juntos formou uma coligação maioritária com uma outra aliança centrista, controlando assim 108 dos 200 assentos do parlamento.
Os dois grupos parlamentares declararam ter a intenção de assinar oficialmente o acordo de coligação a 08 de novembro.
O chefe de Estado prometeu que se reuniria com o líder do Juntos, Petr Fiala, provavelmente o próximo primeiro-ministro, depois de ser transferido para os cuidados normais.
No caso de os senadores decidirem declarar Milos Zeman inapto e obterem a aprovação das duas câmaras do parlamento checo, o novo primeiro-ministro e o presidente do parlamento assumirão provisoriamente os poderes presidenciais.
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