"Com o risco do aumento de casos de Covid-19, de gripe e de outras doenças infecciosas, corremos o risco de sobrecarregar os hospitais", disse o diretor da Agência Nacional de Saúde dinamarquesa, Soren Brostrom, num comunicado.
"Já estamos a ver que os hospitais de todo o país estão muito ocupados e com pouco pessoal. No entanto, não temos a resiliência que tínhamos no passado, porque há muito tempo que [os profissionais de saúde] estão sob pressão", alertou.
Hoje, pelo segundo dia consecutivo, as autoridades sanitárias contabilizaram mais de 2.000 novos casos do novo coronavírus (foram contabilizados nas últimas 24 horas 2.598 e ainda cinco mortes) num país onde nenhuma das restrições impostas no passado recente está em vigor.
Pioneiro na aplicação do certificado sanitário, criado na primavera, o país de 5,8 milhões de habitantes retirou-o de circulação a 10 de setembro passado, numa altura em que o número de novos casos era quatro vezes menor do que o de hoje.
O Ministério da Saúde está atualmente a analisar a possibilidade de reclassificar a doença como "uma ameaça à sociedade", o que não acontecia desde setembro.
"Pedimos à Comissão de Epidemias para avaliar as medidas relevantes para combater a atual situação", indicou o ministério.
Na Dinamarca, 85,9% dos maiores de 12 anos receberam as duas doses da vacina.
Segundo os dados oficiais mais recentes, desde o início da pandemia, a Dinamarca acumulou mais de 396 mil casos de covid-19, a que estão associadas 2.722 mortes.
A covid-19 provocou pelo menos 5.028.536 mortes em todo o mundo, entre mais de 248,54 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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