Imagens revelam maquetes da China de navios de guerra dos EUA
Imagens de satélite indicam que a China construiu maquetes de um porta-aviões e um contratorpedeiro da Marinha dos Estados Unidos, no noroeste do país, possivelmente como prática para um futuro confronto naval.
© Reuters
Mundo Satélite
A China acelerou, nos últimos anos, a modernização das suas forças armadas, ao mesmo tempo que aumentou a assertividade das suas reivindicações territoriais.
As imagens capturadas pela 1 com sede no Estado norte-americano de Colorado, datadas de domingo, mostram os contornos de um porta-aviões dos EUA e de pelo menos um contratorpedeiro, surgindo numa altura em que as tensões têm vindo a aumentar entre os dois países.
A Maxar identificou a localização como Ruoqiang, uma vila no deserto de Taklamakan, na região noroeste de Xinjiang.
O Instituto Naval dos EUA disse no seu portal que as maquetes dos navios dos EUA fazem parte de um novo alvo desenvolvido pelo Exército de Libertação Popular, as forças armadas chinesas.
Não é claro pelas imagens quantos detalhes foram incluídos nos alegados alvos, embora o Instituto Naval tenha dito que identificou características no contratorpedeiro, incluindo os seus funis e sistemas de armas.
A modernização militar da China reforçou a capacidade de combate contra as forças navais dos EUA e de outros países.
Isto incluiu o desenvolvimento de mísseis lançados a partir da terra, mar e ar, para impedir o avanço e, possivelmente, afundar as embarcações adversárias.
O míssil balístico DF-21D é conhecido como "destruidor de porta-aviões".
Nos últimos meses, houve também um aumento substancial de voos militares chineses a sudoeste de Taiwan, a ilha reivindicada por Pequim apesar de funcionar como entidade política soberana.
Washington forneceu a Taiwan grande parte do seu armamento e a lei dos Estados Unidos exige que garanta a defesa da ilha e trate ameaças ao seu status quo como sendo de "grave preocupação".
As imagens divulgadas pela Maxar surgem num período de crescentes preocupações sobre a possibilidade de um conflito militar entre as duas maiores economias do mundo.
As relações deterioraram-se rapidamente, nos últimos anos, face a atritos no âmbito do comércio, tecnologia ou Direitos Humanos.
O Pentágono disse, na semana passada, acreditar que a China está a acelerar o desenvolvimento do seu arsenal nuclear, tendo já capacidade para lançar mísseis balísticos armados com ogivas nucleares a partir de terra, mar e ar.
Isto parece projetado para permitir que Pequim iguale ou supere o poder global militar dos EUA até meados do século, segundo a mesma fonte.
Funcionários da Defesa dos EUA disseram que estão cada vez mais desconfiados das intenções da China, sobretudo no que diz respeito ao estatuto de Taiwan.
"As capacidades e conceitos em evolução do Exército de Libertação Popular continuam a fortalecer a capacidade [da China] para lutar e vencer guerras contra um inimigo forte - um provável eufemismo para os Estados Unidos", disse o relatório.
A marinha e a guarda costeira da China também estão a aumentar o número de navios num ritmo recorde, concentrando-os no Mar do Sul da China, a via de navegação estratégica que a China reivindica praticamente na totalidade.
Embora a Marinha dos EUA continue predominante, os seus recursos estão divididos entre o Indo-Pacífico, o Golfo Pérsico, o Mediterrâneo e outras regiões onde residem os interesses norte-americanos.
O teste chinês de uma arma hipersónica capaz de orbitar parcialmente a Terra antes de reentrar na atmosfera e deslizar num caminho manobrável até ao seu alvo também surpreendeu os principais líderes militares dos EUA.
Pequim insistiu que testou um veículo espacial reutilizável, não um míssil, mas o sistema do projétil foi projetado para escapar ao sistema de defesa antimísseis dos EUA.
O general Mark Milley, Chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, disse que o teste está "muito perto" de ser um momento Sputnik, semelhante ao lançamento, em 1957, pela União Soviética, do primeiro satélite espacial do mundo.
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