A longa duração da visita - de terça-feira a sábado - sublinha o desejo da Casa Branca de finalmente virar a página nas relações entre os dois países, após o anúncio, em setembro, de uma nova aliança de Defesa dos Estados Unidos (juntamente com o Reino Unido e a Austrália) no Pacífico, que levou Camberra a romper com um contrato de compra de submarinos convencionais com a França e a anunciar a aquisição de submarinos com propulsão nuclear com tecnologia norte-americana.
A decisão australiana gerou protestos e duras críticas por parte das autoridades francesas.
Antes de Kamala Harris, também o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, viajaram até Paris para tentar uma conciliação, e o próprio Presidente, Joe Biden, encontrou-se com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, há duas semanas, para debater a crise diplomática numa reunião na embaixada francesa junto do Vaticano.
Kamala Harris será recebida na quarta-feira pelo Presidente francês, no Palácio do Eliseu, para discutir "a segurança europeia, (a região) do Indo-Pacífico e a saúde global", segundo a Casa Branca.
O fortalecimento da cooperação entre a França e os Estados Unidos no setor espacial também deve estar na agenda da visita, de acordo com um comunicado conjunto divulgado por ocasião do encontro entre Joe Biden e Emmanuel Macron.
A vice-presidente fará uma visita, nesse dia, ao lado do marido, Doug Emhoff, ao cemitério militar norte-americano de Suresnes, perto de Paris.
Na quinta-feira - Dia dos Veteranos nos Estados Unidos - Kamala Harris participará nas cerimónias de comemoração do armistício de 1918, que colocaram fim à Primeira Guerra Mundial, e estará presente do Fórum da Paz de Paris, organizado por Emmanuel Macron.
Na sexta-feira, Kamala Harris participará numa conferência internacional sobre a Líbia, cujo objetivo principal é preparar as eleições presidenciais de 24 de dezembro, que devem ser seguidas, um mês depois, pelas eleições legislativas.
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