Embaló: Caso do avião serve para desviar atenção do problema da droga

O presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje que o caso do avião retido no aeroporto de Bissau, por ordens do governo, é uma distração para desviar a atenção do problema da droga que está a combater no país.

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Lusa
13/11/2021 20:05 ‧ 13/11/2021 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

 

"Sobre o avião eu não sou bandido e nem ando com bandidos", disse Umaro Sissoco Embalo em declarações aos jornalistas, quando chegava ao país, proveniente de França, onde esteve nos últimos três dias, em visita de trabalho.

Sem que os jornalistas perguntassem sobre o avião retido no aeroporto desde o passado dia 29 de outubro, Sissoco Embaló afirmou não existir nada de anormal com o aparelho, que, disse, pertence a uma empresa estrangeira que pretende abrir um hangar de manutenção de aeronaves em Bissau.

"Todo este filme é por causa do combate à droga e à corrupção que estou a levar a cabo e que vou continuar", precisou Embaló, prometendo uma reação sobre a situação geral do país a seguir ao Conselho de Estado (órgão de consulta do Presidente da República), que marcou para o dia 17.

"Dia 17 vão ver a minha reação, porque tudo tem o seu limite", sublinhou o Presidente guineense, realçando que nada de anormal se irá passar a seguir à sua decisão.

Umaro Sissoco Embaló garantiu que Kumba Ialá foi o último presidente a ser derrubado por um golpe militar na Guiné-Bissau e João Bernardo 'Nino' Vieira foi o último chefe de Estado a ser morto em funções.

O chefe de Estado garantiu que vai sair do Palácio da Presidência pelos seus próprios pés como fez o seu antecessor no cargo, José Mário Vaz.

Questionado sobre as suas atuais relações com o primeiro-ministro, Nuno Nabiam, que deu ordens de retenção do avião, Embaló disse ser ele o chefe de Estado e alguém que foi eleito pelos guineenses.

"O primeiro-ministro foi nomeado por mim, porque não ganhou as eleições para lá estar. No dia em que não o quiser, tiro-o. Quando José Mário Vaz não me quis, tirou-me e nada aconteceu. Eu não posso ter problemas com quem eu mando ou quem eu nomeio", declarou Umaro Sissoco Embaló.

Ainda sobre o avião, disse que não se encontra retido e que se der ordem ao ministro da Defesa o aparelho vai levantar voo.

"Eu sou o comandante supremo das Forças Armadas", destacou Embaló.

Leia Também: Ministro da Defesa realiza visita à Guiné-Bissau em meados de dezembro

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