A Eslováquia entrou hoje num confinamento de duas semanas, como resposta à pressão sentida pelos hospitais, à medida que os casos aumentam. Foi também decretado um Estado de Emergência de 90 dias, como forma de contenção da pandemia.
O país tem a terceira taxa de vacinação mais baixa da União Europeia – 45.7% –, quando comparada com a média de 65.8% do bloco, segundo dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).
Com 5.5 milhões de habitantes e o maior aumento de casos per capita do mundo, a Eslováquia segue, assim, os passos da vizinha Áustria, que entrou em confinamento total na segunda-feira, depois de uma corrente de infeções.
O novo Estado de Emergência de 90 dias impõe um recolher obrigatório, sendo que, a partir da meia-noite de quarta-feira, a população só pode sair de casa para ir às compras, ou por razões laborais, médicas ou escolares, anunciou o ministro da Economia Richard Sulík.
Apenas os estabelecimentos considerados como essenciais permanecem abertos e, a partir da próxima semana, só quem estiver vacinado ou quem recuperou da doença nos últimos seis meses poderá trabalhar de forma presencial – os outros trabalhadores terão de ser testados a cada sete dias.
O anuncio foi feito depois de o país ter alcançado 10.315 novos casos na terça-feira, um novo máximo desde o início da pandemia.
Nas últimas 24 horas, a Eslováquia contabilizou mais 10.165 casos de infeção e 51 mortos, tendo 3.188 pessoas internadas nos hospitais – o que, para o ministro da Saúde eslovaco, é um número crítico.
O país acumula 641.903 casos desde o início da pandemia e 14.107 óbitos.
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