Numa entrevista televisiva, Fauci garantiu que se pronunciará sobre o assunto logo que haja mais informações sobre esta variante inicialmente detetada na África do Sul, admitindo que a restrição de voos para a África Austral é uma possibilidade, mas que não haverá uma decisão nesse sentido "enquanto não houver razões científicas" para a tomar.
O conselheiro da Casa Branca explicou ainda que, neste momento, esta nova variante não foi detetada nos Estados Unidos e que um grupo de cientistas do país já está em contacto com os seus colegas sul-africanos para obter em primeira mão todas as informações disponíveis.
O receio da nova variante do novo coronavírus, aparentemente mais transmissível, tem levado diversos países a suspender as viagens oriundas de países da África Austral.
Cientistas e autoridades de saúde da África do Sul reportaram, na quinta-feira, a deteção de uma nova variante do novo coronavírus, identificada como B.1.1.529.
Poucos casos desta variante foram confirmados até agora noutros lugares fora de África, mas começam a crescer as preocupações com o seu possível impacto na transmissibilidade e na sua capacidade potencial de escapar ao efeito das vacinas para já desenvolvidas.
Por esta razão, vários países decidiram hoje suspender os voos oriundos da África Austral: França, Itália, Reino Unido, Alemanha, Holanda, Singapura, Áustria e Israel são alguns dos países que optaram por suspender estas viagens.
A covid-19 provocou pelo menos 5.180.276 mortes em todo o mundo, entre mais de 259,46 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o "elevado número de mutações" pode implicar maior infecciosidade.
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