Os órgãos de comunicação social australianos adiantaram apenas que os corpos foram encontrados na sexta-feira, depois de os protestos terem diminuído.
As Ilhas Salomão, que desde 1983 têm relações diplomáticas com Taiwan, optaram, em 2019, por romper com o território para reconhecer o Governo em Pequim como o único legítimo representante de toda a China. A China considera Taiwan uma das suas províncias, embora a ilha opere como uma entidade política soberana.
A decisão do Governo das Ilhas Salomão provocou o ressentimento de uma parte da população, que mantinha relações próximas com Taipé.
Na quarta-feira, centenas de pessoas protestaram para exigir a renúncia do primeiro-ministro, Manassah Sogavare, antes de seguirem para o distrito que reúne a comunidade chinesa na capital das Ilhas Salomão.
Os manifestantes incendiaram uma esquadra da polícia e saquearam lojas, até que a polícia interveio, lançando gás lacrimogéneo.
O primeiro-ministro Sogavare, que lamentou na quarta-feira o "triste e infeliz acontecimento que visa derrubar um governo democraticamente eleito", garantiu que permanecerá no poder.
As autoridades impuseram o recolher na capital Honiara, depois de um bloqueio de 36 horas ordenado pelo primeiro-ministro, que terminou na sexta-feira.
Andrew Yang, professor da Universidade Nacional Sun Yat-sen de Taiwan e ex-vice-ministro da Defesa, disse que os esforços da China para obter o reconhecimento diplomático das Ilhas Salomão são parte de uma competição pelo domínio regional com os Estados Unidos e seu aliado, a Austrália.
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