ONU diz que fechar voos de África Austral repete o erro das vacinas

A secretária executiva da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) considerou hoje que limitar os voos para combater a nova variante Ómicron é um erro e penaliza mais os países africanos que os outros.

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Lusa
30/11/2021 19:02 ‧ 30/11/2021 por Lusa

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Coronavírus

 

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"Os países não querem entrar em confinamento, portanto preferem fechar as suas portas aos outros", disse Vera Songwe, numa entrevista à agência de informação financeira Bloomberg, na qual criticou: "Devíamos evitar cometer os mesmos erros que já cometemos com a vacina, que é mais ou menos dizer que vamos apenas proteger-nos a nós próprios, mas infelizmente, vamos deixar África de fora".

A Organização Mundial da Saúde disse na segunda-feira que esta nova variante do vírus que provoca a covid-19 tem um risco "muito alto" de contágio devido ao número de mutações genéticas em comparação com outras estirpes, acrescentando que a África do Sul e o Botsuana devem ser "aplaudidos e não penalizados".

Para a também vice-secretária-geral das Nações Unidas, "o crescimento geral do continente vai ser afetado" no seguimento das medidas impostas por vários países, que proibiram os voos provenientes da África Austral, com outros, como o Japão, a fecharem as suas portas a todos os estrangeiros.

"Eu penso que é compreensível que a reação no continente tenha sido de surpresa pelo facto de que todos os países na África Austral enfrentam agora uma proibição relativamente aos voos", disse a líder da UNECA.

A nova variante foi primeiramente identificada na África Austral, o que levou às restrições de voos por parte de vários países, originando fortes perdas na indústria do turismo, que se prepara para a tradicional época festiva do Natal e passagem de ano.

A taxa de vacinação dos países africanos continua a mais baixa de todos os continentes, registando cerca de 7%.

A covid-19 provocou pelo menos 5.206.370 mortes em todo o mundo, entre mais de 261,49 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul, tendo sido identificados, até ao momento, 13 casos desta nova estirpe em Portugal.

Leia Também: AO MINUTO: Chegadas do aeroporto encerradas; 4.ª dose no Reino Unido

 

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