Cidade chinesa oferece mais de mil euros a quem testar positivo
Os residentes da cidade chinesa de Harbin que fizerem um teste de ácido nucléico para o coronavírus e acusarem positivo vão receber uma recompensa equivalente a 1.386 euros, anunciaram hoje as autoridades locais.
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Mundo Covid-19
Segundo os dados do Governo de Harbin, foram detetados hoje três casos de covid-19, relacionados com o surto na cidade de Manzhouli, na região vizinha da Mongólia Interior.
A decisão das autoridades visa "bloquear os canais de transmissão do vírus", ao estimular a população a fazer o teste.
A medida atraiu a atenção nas redes sociais do país, com mais de 100 milhões de leituras na Weibo, semelhante ao Twitter.
"Qual é o problema? Os cidadãos são incentivados a fazer o teste e a disseminação do vírus pode ser assim interrompida se o resultado for positivo", apontou um internauta.
Outros não entendem a campanha ou acham que o dinheiro poderia ser investido de outra forma: "fazer o teste é da responsabilidade de todos, por que deveriam de ser recompensados", questionou outro.
As autoridades de saúde da cidade também pediram à população que "evite viagens" e ordenaram o encerramento temporário de estabelecimentos com grande afluência de público, como balneários, discotecas, teatros ou cinemas.
As farmácias vão ser proibidas de vender remédios para a tosse ou gripe e antibióticos e se o comprador apresentar "sintomas suspeitos", como febre, o estabelecimento deve informar as autoridades, caso não queira enfrentar possíveis responsabilidades legais pela disseminação do vírus.
A China mantém uma política de tolerância zero contra o vírus. As autoridades locais restringem a movimentação de pessoas e organizam testes em massa sempre que um caso é detetado.
Segundo relatos da Comissão Nacional de Saúde da China, desde o início da pandemia, 98.897 pessoas foram infetadas no país, entre as quais 4.636 morreram.
A covid-19 provocou pelo menos 5.214.847 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,26 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China. Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o "elevado número de mutações" pode implicar uma maior infecciosidade.
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