Bolsonaro alvo de inquérito por associar vacina contra Covid à SIDA

Em causa está um vídeo em que Bolsonaro alegou que o uso de vacinas contra covid-19 poderia facilitar o desenvolvimento de SIDA.

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Notícias ao Minuto com Lusa
04/12/2021 15:33 ‧ 04/12/2021 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre Moraes, decidiu este sábado abrir um inquérito a Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, por este ter associado a vacina contra a Covid-19 à SIDA. 

Moraes decidiu aceder ao pedido da Comissão parlamentar de inquérito, cujo relatório final foi concluído no final de outubro, e criticou a atuação da PGR por ter apenas aberto uma apuração preliminar interna para o caso, segundo avança o jornal Folha de São Paulo. 

Em causa está um vídeo que foi transmitido em direto no dia 21 de outubro, em várias redes sociais do presidente.

No vídeo, Bolsonaro citou uma notícia falsa na qual se defendia que relatórios oficiais do Governo do Reino teriam sugerido que algumas pessoas vacinadas contra a covid-19 estariam a desenvolver SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) "muito mais rápido do que o previsto", justificando assim a sua posição contra a imunização.

"Eu só vou dar a notícia. Não a vou comentar porque já disse isso no passado e foi muito criticado. Relatórios oficiais do Governo do Reino Unido sugerem que pessoas totalmente vacinadas estão desenvolvendo SIDA 15 dias após a segunda dose. Leia essa notícia. Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha transmissão ao vivo", disse o Presidente.

As declarações de Bolsonaro geraram uma onda de críticas de diferentes associações médicas e científicas, que rapidamente negaram qualquer ligação entra a vacina e a SIDA, e as rotularam como notícias falsas.

Na sequência das declarações, as redes sociais Facebook e Instagram retiraram das suas plataformas o vídeo em questão.

Já o YouTube suspendeu o canal do Presidente brasileiro por pelo menos sete dias, além de ter removido o vídeo por este violar as diretrizes de "desinformação médica sobre a covid-19" da plataforma.

Leia Também: Bolsonaro reafirma que não haverá "passaporte de vacinação" no Brasil

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