Rumores de assassínios rituais circularam este ano nas redes sociais na Libéria, relatando a descoberta de corpos mutilados.
Num comunicado de imprensa, o relator das Nações Unidas para execuções extrajudiciais, sumárias e arbitrárias, Morris Tidball-Binz, pediu ao Governo liberiano que investigue as alegações.
Este perito independente, cuja opinião não compromete as Nações Unidas, estima que pelo menos 10 pessoas morreram este ano no país em circunstâncias pouco claras e "algumas [dessas mortes] presumivelmente têm uma ligação com práticas rituais".
Assassínios rituais são por vezes reportados na Libéria, tendo sido comuns durante as sucessivas guerras civis que o país atravessou entre 1989 e 2003.
Segundo crenças locais, o desmembramento de partes do corpo de uma vítima deve beneficiar o perpetrador.
Em setembro passado, o "número dois" da Polícia Nacional da Libéria, comissário Patrick Sudue, considerou infundadas as suspeitas de homicídios para fins de rituais.
Na ocasião, a polícia liberiana deteve o membro de um partido da oposição acusado de espalhar boatos sobre as alegadas mortes nas redes sociais.
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