Israel inclui Reino Unido, Bélgica e Dinamarca na lista vermelha
Israel anunciou hoje que vai incluir o Reino Unido, a Bélgica e a Dinamarca na "lista vermelha" de países para os quais os seus cidadãos não podem viajar, devido à propagação da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2.
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Mundo Covid-19
De acordo com a agência de notícias EFE, o anúncio foi feito hoje pelas autoridades de saúde de Israel e pelo ministro da Saúde, Nitzan Horowitz, em conferência de imprensa conjunta, após uma reunião para decidir as novas restrições para conter a disseminação de covid-19.
O Governo liderado por Naftali Bennett já tinha decido fechar as suas fronteiras a visitantes estrangeiros há duas semanas, uma medida que permanece em vigor até à véspera de Natal.
Os três países europeus devem entrar na lista de Estados interditos por Israel nas próximas 72 horas, apenas sendo possível deslocações para aqueles destinos mediante autorização especial e justificada e com obrigatoriedade de cumprir quarentena entre uma semana e dez dias no retorno a Israel.
Depois de se reunir com seus ministros esta manhã, o primeiro-ministro Naftali Benet alertou que a situação da variante Ómicron é alarmante e que, se não fossem tomadas atempadamente medidas drásticas de controlo de fronteira, Israel pode ter de entrar novamente em confinamento geral, algo que o Governo quer evitar.
"Se não tomarmos medidas imediatas e difíceis agora, vai ser preciso um novo confinamento", alertou Benet, que indicou também que "a atual taxa de imunização em Israel é horrível", principalmente devido à baixa percentagem de crianças vacinadas, que em Israel já podem ser inoculadas desde meados de novembro.
Até ao momento, apenas 5% das crianças de 5 anos e 9% das de 6 a 11 anos receberam pelo menos uma dose, enquanto a faixa etária dos 12 aos 15 anos, que pode ser vacinada desde junho, tem uma taxa de imunização de apenas 60%.
Na semana passada, 42% dos novos casos de covid-19 em Israel foram registados em crianças entre 5 e 11 anos e outros 9% entre crianças de 12 a 15 anos.
O primeiro-ministro israelita também sugeriu a necessidade de se analisar a viabilidade de se administrar uma quarta dose da vacina, em janeiro, numa altura em que mais de quatro milhões de pessoas já receberam a 3.ª dose, num país que tem 9,3 milhões de habitantes.
Israel registou, até ao momento, 55 casos de infeção com a variante Ómicron, dos quais 20 casos foram confirmados este fim de semana.
No total, 42 daqueles infetados receberam a segunda ou a terceira dose da vacina contra o coronavírus nos últimos seis meses, enquanto os restantes 13 não se encontram vacinados.
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