Esta segunda-feira, o governo do Reino Unido revelou que a nova variante da Covid-19 detetada na África do Sul, a Ómicron, está a propagar-se “a um ritmo fenomenal” no país, traduzindo-se em 40% das infeções em Londres.
“O que agora sabemos sobre a Ómicron é que se está a propagar a um ritmo fenomenal, algo que nunca vimos, e está a duplicar a cada dois a três dias o número de infeções”, disse à Sky News Sajid Javid, ministro da Saúde.
“Estamos novamente numa corrida entre a vacina e o vírus”, acrescentou.
Ainda que a variante não tenha causado mortes até agora e apenas 10 pessoas estejam hospitalizadas em Inglaterra, o responsável adiantou que cerca de 40% dos casos em Londres estão associados à Ómicron, o que pode colocar pressão nos serviços hospitalares.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, implementou medidas mais rigorosas para combater a propagação desta estirpe, como o uso de máscara em espaços fechados, a apresentação de certificados digitais de vacinação à entrada de espaços de animação noturna, o teletrabalho, quando possível, e a antecipação da dose de reforço para quem tenha mais de 18 anos.
Como complemento a estas medidas, o ministro da Saúde apelou à população para se vacinar ou, nos casos de vacinação completa, tomar a dose de reforço, que se estenderá a partir de hoje aos maiores de 30 anos. Segundo o governo, dados revelados na sexta-feira indicam que a dose de reforço aumenta a proteção contra o vírus em 70%, perante a redução de imunidade das vacinadas causada pela Ómicron.
Além disso, a partir de terça-feira, os casos de contacto com vacinação completa com pessoas que tiveram resultado positivo à Covid-19 vão passar a fazer testes antigénios diários, durante sete dias, ao passo que haverá isolamento profilático durante dez dias para os que não estão vacinados.
As novas regras surgem num momento em que o nível de alerta no país passou de três a quatro, o segundo mais elevado, e a pressão sobre os serviços hospitalares está a aumentar.
Nas últimas 24 horas, o país registou mais 48.854 casos e 52 mortes, num total de 10.819.515 infeções e 146.439 óbitos.
Dados de 11 de dezembro revelam que 25.378 pessoas (89.1%) já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, e 36.873 (81.3%) já têm o esquema vacinal completo. Por outro lado, 530.086 pessoas (40.2%) já foram inoculadas com a dose de reforço.
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