Macau preocupado com crise no Suncity e nas salas de jogo VIP

A crise do grupo Suncity em Macau, que se alastrou a outros operadores de salas de jogo VIP, foi o tema principal hoje na Assembleia Legislativa, com vários deputados a mostrarem preocupação com os trabalhadores desempregos destas empresas.

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Lusa
16/12/2021 11:27 ‧ 16/12/2021 por Lusa

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Macau

"Paira a incerteza em relação ao andamento destes casos envolvendo promotores de jogo, portanto, muitos trabalhadores do setor estão preocupados e inquietos com a possibilidade de ficarem no desemprego", afirmou o deputado, que questionou ainda o Governo sobre se os negócios do grupo Suncity vão ser afetados.

Na sexta-feira, o Suncity informou ter terminado as suas operações relacionadas com os 'junkets', já depois de em 30 de novembro ter anunciado o encerramento das salas de jogo VIP em Macau do grupo, presente em mais de 40% dos casinos do território, na sequência das autoridades de Macau terem determinado a prisão preventiva do diretor executivo, Alvin Chau.

A partir deste momento tem reinado a insegurança nos trabalhadores das Salas VIP, existindo já relatados nos órgãos de comunicação social relativamente ao fecho de mais salas de outros operadores 'junkets'.

A somar a isto, junta-se a instabilidade nos operadores da capital mundial do jogo, fruto do pouco turismo devido à pandemia, da indecisão sobre as novas licenças a serem atribuídas em junho de 2022.

"Recentemente, devido ao fim do vínculo entre algumas concessionárias e os promotores do jogo, muitas salas VIP têm de encerrar durante este mês. Além de afetar os promotores, o encerramento ou fim de atividade destas salas vai agravar a situação do emprego, e originar problemas sociais, pois as mesmas assumem um peso significativo nesta indústria e empregam milhares de trabalhadores", afirmou, por outro lado, o deputado Leong Sun Iok.

Já o deputado José Pereira Coutinho, o único português na AL de Macau, evidenciou que os casinos sempre foram o pilar da economia do território e "os trabalhadores quer sejam os da limpeza, motoristas, relações-públicas, pessoal do escritório etc., contribuíram enormemente para o desenvolvimento 'desenfreado' desta indústria".

Por essa razão, pediu mais responsabilidade tanto ao Governo, como às concessionárias do jogo.

"Não devemos esquecer, que em termos legais, as Salas VIP como a Suncity e todas outras só podem funcionar com o consentimento das concessionárias do jogo. E estas nunca podem demitir-se das suas responsabilidades de tudo o que acontece dentro nas Salas VIP", disse.

Em resposta, o secretário para a Economia e Finanças do território disse que "o Gabinete de Assuntos Laborais e os intermediários têm estado em contacto constante com os 'junkets'".

"Até agora, um total de 318 empregados contactou a Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais para obter ajuda, e nós ajudámo-los com os procedimentos relevantes e pedidos de subsídio de desemprego", adiantou Lei Wai Nong.

Leia Também: Macau quer aumentar a proporção do jogo de massas nos casinos

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